ASCOM PCMA

A Polícia Civil do Maranhão, por meio da Assessoria de Comunicação, para comemorar o dia do Delegado de Polícia, publicará uma entrevista por semana com um profissional da carreira. O objetivo é entender um pouco mais do exercício da profissão e saber o que pensam esses profissionais que desempenham papel central na Polícia Judiciária.

Seguindo com a série de entrevistas do mês de dezembro, conheceremos o Delegado Celso Alvares Rocha, de 48 anos de idade, nascido, na cidade de Alto Longá/PI, 12º filho de uma família de 13 irmãos. Originário de família humilde, Dr. Celso teve de imprimir todo esforço e determinação possíveis para bem suceder, visto que não dispunha de muitos recursos materiais, tampouco teve oportunidade de estudar em escolas particulares, como a maioria dos colegas de profissão. Ingressou no curso de Direito da Universidade Federal do Piauí e, logo depois de formar-se, na Polícia Civil do Maranhão (PCMA).

Assumiu o cargo de delegado no dia 04.11.1998, tendo como primeira e única lotação a regional de Polícia Civil de Caxias/MA. “Creio que Deus tinha esse propósito em minha vida, pois não pensava em ser policial, mas logo que me formei Bacharel em Direito pela Universidade Federal do Piauí (UFPI), em agosto de 1997, o primeiro concurso que surgiu foi para Delegado de Polícia do Estado do Maranhão, único concurso que fiz, pois me identifiquei com a profissão”, conclui.

Quanto ao que mais gosta na profissão, afirma que é o contato com as pessoas, é vê-las satisfeitas nas pretensões que lhes fizeram procurar uma delegacia de polícia. Ao passo que o maior desafio é a grande demanda de trabalho e a impossibilidade de resolvê-la por completo.

Sobre o que pode ser feito para melhorar o exercício profissional, Dr. Celso acredita que deveria haver um efetivo maior, mais condizente com o volume de ocorrências. Pensa também que uma descentralização dos serviços de inteligência, pelo menos em nível de Regionais ajudaria bastante, bem como a descentralização dos cursos de aperfeiçoamento e atualizações, que também poderiam ocorrer nas Regionais.

O delegado é um apaixonado pelo dia-a-dia do trabalho policial, tanto que não tem dúvidas sobre o que mais gosta de fazer: “ouvir as pessoas, seja nas inquirições, seja nos atendimentos, pois é uma forma de se inteirar das ocorrências da cidade e conhecer melhor o público com o qual se estar lidando”.

Quanto aos sonhos que traz consigo, o Delegado diz que se sente realizado com seu trabalho. Acredita ser a pessoa certa, no lugar certo.

Apesar de gostar muito e sentir-se realizado como profissional, o entrevistado relata que no ano de 2014, passou por uma experiência angustiante, quando uma pessoa da sua equipe, a escrivã Loane Maranhão da Silva Thé, foi assassinada por um bandido, dentro da delegacia em que trabalhava, em Caxias/MA. Em 2019, mais dois policiais com quem trabalhou foram vítimas de agressão por arma de fogo. Dessa vez, com um desfecho menos trágico, embora tenha sido, mais uma vez, uma experiência muito angustiante, relembra.

Por fim, o Delegado deixa um recado aos colegas policiais “que cuidem uns dos outros, que não baixem a guarda. Nunca esqueçam que somos responsáveis por nossas vidas e de nossos companheiros”.