Em meio a acusações de participação em uma organização criminosa que teria desviado verbas destinadas à pavimentação de estradas, o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, reagiu veementemente, contestando o indiciamento pela Polícia Federal. Em nota oficial, o ministro negou qualquer envolvimento em irregularidades e criticou a condução da investigação, alegando falta de imparcialidade por parte das autoridades responsáveis.
O ministro das Comunicações, Juscelino Filho, enfrenta uma situação delicada após ser indiciado pela Polícia Federal por suspeita de integrar uma organização criminosa envolvida no desvio de recursos públicos destinados à pavimentação de estradas. Em nota enviada à imprensa, Juscelino Filho refutou veementemente as acusações, caracterizando o indiciamento como uma ação política e previsível, baseada em uma investigação que, segundo ele, distorceu premissas e ignorou fatos objetivos.
“A investigação, que deveria ser um instrumento para descobrir a verdade, parece ter se desviado de seu propósito original”, declarou o ministro. Ele destacou que a apuração focou em criar uma narrativa de culpabilidade perante a opinião pública, através de vazamentos seletivos e sem considerar os aspectos fundamentais dos fatos investigados.
Juscelino Filho também criticou duramente o processo de seu interrogatório, mencionando que o delegado responsável não teria feito questionamentos relevantes sobre o objeto da investigação. Além disso, o ministro afirmou que seu depoimento foi encerrado abruptamente após apenas 15 minutos, sem permitir espaço para esclarecimentos ou aprofundamento dos argumentos de defesa.
“Durante o meu depoimento, o delegado responsável não fez questionamentos relevantes sobre o objeto da investigação. Além disso, o encerrou abruptamente após apenas 15 minutos, sem dar espaço para esclarecimentos ou aprofundamento. Isso suscita dúvidas sobre sua isenção, repetindo um modus operandi que já vimos na Operação Lava-Jato e que causou danos irreparáveis a pessoas inocentes”, enfatizou Juscelino Filho em sua nota.
O ministro ressaltou que o indiciamento não implica em culpa e expressou confiança na imparcialidade do Poder Judiciário para julgar o caso de maneira justa. Ele afirmou estar seguro de que sua inocência será comprovada ao final do processo legal e destacou a importância de respeitar o amplo direito de defesa e a presunção de inocência durante todo o processo judicial.
Este episódio representa mais um capítulo em meio às frequentes investigações de corrupção envolvendo políticos no Brasil, destacando a complexidade e os desafios enfrentados pelo sistema judiciário na busca pela transparência e responsabilidade no uso de recursos públicos.