Chapecó/SC – A Polícia Federal, juntamente com a Polícia Rodoviária Federal, desencadeou hoje (14/3) a Operação Comboio, para desarticular organização criminosa especializada no contrabando de cigarros paraguaios. O grupo atuava no Rio Grande do Sul e no Paraná.
A investigação teve início com a apreensão de um caminhão bitrem carregado de cigarros em Bom Jesus/SC, no dia 10/01/2018. Na ocasião, foram presas em flagrante 08 pessoas e a carga de cigarros foi avaliada pela Receita Federal em R$ 2,1 milhões.
Participam da operação 60 policiais federais e policiais rodoviários federais. Eles dão cumprimento a 14 mandados de busca e apreensão e a 9 mandados de prisão preventiva, nas cidades de Arroio Trinta/SC, Altônia/PR, Caxias do Sul/RS, Canoas/RS e Taquara/RS.
Nos autos do inquérito policial que apura os fatos, foram identificados os principais integrantes de uma organização criminosa radicada no Rio Grande do Sul que, utilizando-se de entrepostos no Estado do Paraná, transportava regularmente cargas de cigarro contrabandeado ocultas em caminhões com grande capacidade de carga.
Constatou-se que o grupo agia transportando as cargas do Paraguai até entreposto (depósito) localizado no Estado do Paraná. A partir do depósito, as cargas eram carregadas em outros caminhões, adquiridos pelo grupo especialmente para o transporte, para distribuição no Rio Grande do Sul e litoral de Santa Catarina.
O grupo criminoso, em diversas ocasiões, fez uso de caminhão baú contendo pintura e emblema do serviço SEDEX da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, como forma de burlar a fiscalização – o caminhão baú com inscrição SEDEX foi apreendido em 26/10/2018, no Município de Bituruna/PR, quando transportava 277.000 maços de cigarro contrabandeado.
Desde o início da operação, foram presas em flagrante 18 pessoas envolvidas com a organização, além de apreendidos 7 caminhões, os quais transportavam quase 2 milhões de maços de cigarros contrabandeados, mercadoria avaliada pela Receita Federal em aproximadamente R$ 10 milhões – somente em impostos sobre a importação e IPI teriam sido sonegados cerca de R$ 6,4 milhões de reais.
Os envolvidos estão sujeitos a indiciamento pelos crimes de contrabando (art. 334-A do Código Penal) e organização criminosa (art. 2o da Lei 12.850/2013), cujas penas somadas podem chegar a 13 anos de prisão.