Entre 2015 e 2018, o Distrito Federal perdeu 4.748 servidores das forças de segurança pública, o que corresponde a 17,2% do efetivo. O maior desfalque ocorreu na Polícia Militar, que conta com 3.888 integrantes a menos, ou seja, 25,7%. Significa que um em cada quatro PMs foi para a reserva nesse período.
Entre os bombeiros militares, a perda foi de 10,5%. Menos 649 servidores em quatro anos.
A Polícia Civil ficou com 137 policiais a menos, com 2,8% de perda, e no Detran, a redução foi de 74 agentes de trânsito, ou seja, 5%. Os dados constam de diagnóstico da Segurança, concluído neste mês pela Secretaria de Segurança Pública.
O medo da reforma da Previdência foi o que mais motivou as aposentadorias, segundo avaliação dos policiais.
Metade dos policiais civis deixaria a instituição
O diagnóstico também mostrou o grau de satisfação dos servidores das forças de segurança com o trabalho. Na Polícia Civil, 47,7% disseram que gostariam de sair da instituição assim que surgir uma oportunidade. Entre os servidores que atuam em presídios, 46,8% pensam assim.
Bem diferente do que ocorre no Corpo de Bombeiros, em que 69,5% querem cumprir o tempo de serviço e se aposentar na corporação. Apenas 17,5% querem trocar de carreira. Na PM, 32,5% gostariam de mudar. No Detran, são 33,4%. Os dados são referentes ao período de 2015 a 2018.
Melhor remuneração
Entre as principais demandas dos policiais civis estão uma melhor remuneração (32,8%), programas de saúde (24,8%) e cursos de treinamento (19,5%). Para 71,4% dos servidores da área do sistema penitenciário, a contratação de efetivo é a principal reivindicação. Mas 56,6% consideram o salário o maior problema. Na PM, 24% apontam a necessidade de políticas de ascensão profissional como principal demanda.
Informações do CB PODER/Jornal Correio Braziliense
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