Ultimamente tenho acompanhado de longe as movimentações do dia 15 de fevereiro. Conversei com alguns “organizadores” do movimento e as divergências nos bastidores entre os “organizadores” estão me trazendo grande preocupação, pois em minha opinião, tem sido um grande entrave para o sucesso da Assembléia.
Outro fator são as práticas antigas que continuamos dando continuidade, além da ressurreição de alguns companheiros…
Conversando com um amigo sobre a “operação tartaruga” da PMDF respondi a ele que não mudou nada, estamos fazendo o que já fazíamos. Ele quis saber o que “não fazemos”. Eu disse a ele: “Não abordamos no transito, não geramos grandes engarrafamentos, não exigimos o cumprimento da lei. Tolerância zero para todos, não só para os “bandidos”. Tolerância Zero no trânsito, nos pequenos e grandes crimes…. Talvez isso surta mais efeito do que “operação tartaruga”. Fazemos essa operação em todos os movimentos e não vejo efeito. É hora de mudar o paradigma…Se queremos conquistar coisas novas devemos abrir mão da antigas práticas! Precisamos de uma mudança cultural dentro do sistema, ou seja, mudar nossas práticas!

Uma questão importante a ser debatida é que não devemos excluir a “operação tartaruga”. O que isso quer dizer? Quer dizer que devemos apenas saber o momento certo de utilizá-la. O certo seria utilizar as duas ao mesmo tempo: “Operação tarta…ruga” nas cidades mais violentas e operação tolerância zero nas cidades “mais ricas”. Seguir o exemplo da PF e da PRF. Ou operação tolerãncia zero em um primeiro momento, melhorando os indices de criminalidade, para depois de um mês iniciarmos a operação tartaruga para piorá-los. Precisamos compreender a lógica do sistema.
‎Quando digo tolerância é nesse sentido MACRO! O transito foi só um exemplo. Mas isso não deve ser feito isoladamente. Deve ser uma ação coordenada pelo Comando de greve. Locais de blitz, de abordagens e de pontos de bloqueio devem ser escolhidos por sua importância estratégica. Devemos apenas cumprir a lei. Utilizarmos do poder discricionário e do poder de polícia que nos foi conferido pelo Estado.