Por Karina Linhares
Ser mãe é uma das missões mais nobres e desafiadoras que uma mulher passa na vida. Os percalços, aprendizados e obstáculos iniciam logo aos primeiros meses de gestação, quando ocorrem os primeiros enjoos, mal-estar físico ao longo da gravidez e inseguranças que repentinamente invadem os pensamentos: “vou conseguir?”, “o neném será saudável?”, “como vou educar?”. E o tão esperado bebê chega ao mundo e se torna o mundo de alguém.
Desde março de 2020, o mundo passou a viver uma situação de pandemia devido ao Covid-19. De repente, pessoas se viram confinadas durante meses em seus próprios lares, que se tornaram o único refúgio minimamente seguro. De uma forma geral, as adaptações às novas medidas de proteção foram difíceis. Crianças e jovens tiveram que ajustar-se ao estudo remoto, os adultos ao home office e os idosos ficaram longe da família. Mas um grupo se mostrou particularmente vulnerável, mesmo após um ano de pandemia: as mães.
A missão de uma mãe policial militar em plena pandemia é um duplo desafio durante a maior crise sanitária do século XXI. Pensando nelas, é que a PMDF aproveita a oportunidade para homenageá-las no Dia das Mães 2021. Para isso, convidamos três policiais militares para contar como se sentem ao se depararem com a maternidade em meio ao cenário de crise. A Cabo Alane, a Sargento Araújo e a Tenente Valadares.
“Eu sou uma mãe sortuda. Meu sentimento é de gratidão a Deus e à Polícia Militar do Distrito Federal, principalmente nesse Dia das Mães. Desde que minha licença maternidade acabou, estou em teletrabalho e essa oportunidade foi a melhor coisa que me aconteceu nesse momento de pandemia. Pude cuidar do meu filho e acompanhar o crescimento e a evolução por todo esse tempo. Amamentei livremente, com isso aumentou muito nosso vínculo. Sou só gratidão”, declarou a cabo Alane Moraes, mãe do pequeno Benjamin.
“Ser mãe, independentemente de qualquer circunstância, é por si só um desafio. Renúncias pessoais, noites em claro, preocupações… No entanto, toda e qualquer dificuldade é ínfima, quando comparada com o amor que se sente pelo seu filho. Com a pandemia, devido a uma comorbidade pulmonar, iniciei o teletrabalho. No mundo digitalizado, a tendência é que cada vez mais, diversos trabalhos passem a ser realizados de forma remota. Entretanto, a junção de tantas obrigações como trabalho, atenção para o filho, afazeres domésticos, aliada ao isolamento social, que é necessário no momento, torna-se um fardo pesado”, destaca a Tenente Valadares, mãe de Lucas. E conclui: “apesar da distância física com o trabalho presencial e das dificuldades apresentadas, o meu trabalho continuou sendo feito com afinco e dedicação. Creio que a capacidade de se adaptar a situações adversas seja característica de um bom profissional, qualquer que seja a área que ele atue. Torço para que essa situação melhore logo, não só por uma questão pessoal, mas pela sociedade como um todo.”
“Uma das minhas preocupações era de não poder contar com uma rede de apoio quando minha segunda filha nascesse. Imaginava o quanto seria exaustivo cuidar de duas crianças, sendo uma delas uma recém-nascida. Foi necessário resiliência e aceitar que tudo muda o tempo todo, e que tudo bem se fosse desse jeito. Mas, felizmente, pudemos contar com nossa rede de apoio, tomando os cuidados para proteger a todos”, ressalta sargento Talita, mãe de Carolina e Isabela.
“Hoje, olho para trás e agradeço a Deus por ter me sustentado durante a gravidez em meio a uma pandemia e de idas e vindas a hospitais para cuidar do meu pai que veio a falecer por motivo diverso da Covid.” Disse Talita que finalizou: “Mesmo diante de um cenário meio caótico, olho para as minhas filhas e sinto como as coisas podem ser maravilhosas e divinas. É a vida acontecendo.”
A PMDF preparou um vídeo muito especial em homenagem ao Dia da Mães. Confira no link.