A Capelania Evangélica da Polícia Militar realizou uma emocionante celebração de culto, marcada pelo impressionante testemunho do tenente-coronel Josilei Gonçalves de Freitas, que sobreviveu a um grave acidente de helicóptero selva amazônica. O evento religioso foi presidido pelo tenente-coronel Gisleno, capelão da PMDF e ocorreu no Templo Evangélico localizado no Setor Policial Sul, na noite de domingo (3).
Josilei Gonçalves de Freitas, tenente-coronel da Reserva da PMDF, era o comandante da aeronave que partiu da base Bona, na Aldeia Maritepu, na Amazônia, em 16 de agosto, e permaneceu desaparecido por três dias, até serem finalmente localizados no dia 19, na remota região de Pedra Branca do Amapari, no interior do estado do Amapá.
A aeronave estava a serviço do Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) e contava com uma tripulação composta pelo tenente-coronel Josilei, um mecânico e um engenheiro civil da Funai.
Durante este culto edificante, o tenente-coronel Josilei Gonçalves de Freitas compartilhou sua notável jornada de sobrevivência, servindo como um modelo impressionante de resiliência e fé. A comunidade se reuniu para celebrar a vida e a esperança, reconhecendo o extraordinário poder da perseverança diante de desafios aparentemente insuperáveis.
EXPERIÊNCIA E TÉCNICA FORAM FUNDAMENTAIS
O tenente-coronel relatou que, logo após identificar problemas na aeronave, utilizou toda a sua perícia para procurar um local na densa floresta onde pudesse efetuar um pouso de emergência, utilizando as árvores como amortecedores de impacto.
Além disso, ele considerou a proximidade de um rio com fonte de água e uma saída do local, visto que o resgate poderia levar dias para ocorrer. O plano inicial foi bem-sucedido, resultando em um pouso seguro e sem lesões para a tripulação.
O próximo desafio era sobreviver naquele ambiente pelo tempo necessário até serem localizados. Para isso, o experiente piloto traçou um plano de racionamento de alimentos e empregou métodos para sinalizar a necessidade de resgate, usando fumaça e o rádio transmissor do helicóptero danificado.
No segundo dia após a queda, Josilei tomou a corajosa decisão de enviar o mecânico rio abaixo na esperança de encontrar ajuda. Para isso, improvisou um colchão que poderia ser usado como embarcação.
No terceiro dia, uma aeronave de resgate foi avistada, e as vítimas conseguiram estabelecer contato por meio do rádio e dos sinalizadores de fumaça. Após o resgate, eles forneceram informações para localizar o mecânico, que também foi encontrado horas depois.
A ampla experiência na aviação e o profundo conhecimento da região, bem como das peculiaridades da Floresta Amazônica, foram fatores cruciais que permitiram ao tenente-coronel Josilei Gonçalves de Freitas evitar que o problema no helicóptero se transformasse em uma tragédia irreparável.