Texto: coronel Valdir Rodrigues Gonçalves, integrante da Turma Ralphe Veleda (EAO/1971)

Foi com profunda tristeza que minha família recebeu a notícia do falecimento do dileto chefe e amigo, que vinha lutando bravamente contra uma terrível doença, após ter sido internado durante cerca de 30 dias em hospital de Brasilia.

Desde que nascemos, aprendemos com nossos antecedentes que um dia partiremos desta vida, cada um no tempo determinado pelo nosso Criador. Todavia não imaginávamos que neste 21 de setembro, seria o dia da partida do nosso querido irmão.

Deus chamou o Cel Edes, pois somente ele era sabedor de que sua missão acabara aqui na Terra; ele cumpriu a missão que lhe foi designada com total espírito de humanidade, deixando simpatia e admiração por onde passou; respeitado por seus subordinados e elogiado por seus superiores hierárquicos pela retidão em todas as suas condutas.

Desde que eu ingressei na nossa briosa Polícia Militar do Distrito Federal, em março de 1971, fui recebido pelo então primeiro-tenente Edes, com enorme fidalguia e, pouco a pouco, criou-se entre nós uma especial empatia, a ponto de tornarmo-nos compadres.

Nossas relações familiares foram solidificando-se ano a ano, haja vista que seus filhos Ricardo e Renato foram colegas contemporâneos dos meus filhos, nos bancos escolares das escolas classes e no Colégio Militar.

O Cel Edes vai deixar muita saudade a nós e a sua querida família: Lourdes (esposa), Ricardo e Renato (filhos) e netos.

Eu, particularmente, sou muito grato ao Cel Edes, pois socorreu-me a tempo, quando fui acometido de um enfarto do miocárdio, na emergência do Hospital das Forças Armadas, em agosto de 1979. Durante meus momentos de grandes dificuldades, lá estava ele ao meu lado, a fim de estender-me sua mão ou para orientar-me com sua incontestável sabedoria.

Até mesmo em momentos de nossas vidas, sempre estivemos juntos, apoiando-nos mutuamente. Entretanto, desse meu irmão amigo quero guardar comigo apenas boas lembranças que desfrutamos do convívio de nossas famílias.

A exemplo disso, registro aqui um fato pitoresco vivenciado na ocasião em que o meu saudoso pai, levou daqui do Rio Grande, via Varig, uma maleta contendo uma enorme paleta de ovelha, para saborearmos com um churrasco feito pelo próprio “dono da mala”, no Clube do Exército.

Neste momento de dor, nos resta apenas rogar a Deus para que receba nosso irmão na fé em Cristo, Edes Costa, no Reino da Sua Glória e conforte os corações sofridos dos seus entes queridos e amigos que aqui ficam.

Nosso maior consolo é termos a certeza de que o Cel Edes, chamado que foi, já está cumprindo uma outra nobre missão, desta feita, ao lado do Grande Arquiteto do Universo.

Amigo e irmão, Edes Costa! Descanse em Paz! Até breve!

Santo Ângelo – RS, 21 de setembro de 2021