O Comandante de Missões Especiais (CME), coronel Sodré, e o Comandante do Batalhão de Operações Especiais (Bope), major Rodrigues, recebem os mais novos caveiras do Maranhão.

Os policiais retornaram após intenso treinamento em outros estados, o capitão Nasser, formado no III Curso de Operações Especiais (COESP) da Polícia Militar do Pará; e o soldado Almeida, formado no XIX COESP da Polícia Militar de Minas Gerais.

O Curso de Operações Especiais (Coesp), conhecido por formar os “caveiras” é um curso tático militar que visa qualificar o operador de segurança pública para desenvolver o serviço com o mais alto grau de excelência, com ênfase aos treinamentos visando ações em áreas urbanas, rurais, aquáticas e aéreas, com alto grau de exigência física e psicológica. Baseado na premissa de um grupo seleto, altamente treinado e bem disciplinado, formado por policiais voluntários, são especialmente equipados e treinados para poderem reduzir o risco associado a uma situação de emergência.

O Coesp surgiu no ano de 1978, na Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PMERJ), sendo instruído pelo Exército. Após o sucesso do treinamento com os policiais concludentes vários novos cursos foram implementados e disseminados em todo o país.

Os dois policiais aproveitaram a oportunidade para agradecer ao Secretário de Segurança Pública, Jefferson Portela, e o apoio do comandante geral da PM, coronel Pedro Ribeiro.

Os novos caveiras trilharam um caminho difícil para concluir o curso e alcançar o tão merecido reconhecimento e aprovação. Durante todo o processo, os pms receberam instruções de mergulho, paraquedismo, patrulhamento em local de alto risco, negociação, assalto tático, operações rurais, entre outros. A forja foi completa, habilitando os novos caveira de ouro e da montanha, preparados para cumprir missões nos mais variados terrenos.

 

 

Entenda a expressão “Faca na caveira”

Ao contrário do que muitos pensam, a representação da faca na caveira, por vezes associada à morte, possui significado contrário ao imaginário popular e expressa a vitória sobre a morte.

Esta simbologia remonta aos tempos da Segunda Guerra. Uma das histórias mais contadas, explica que após a tropa inglesa invadir um QG alemão, dentro do gabinete nazista foi encontrado um crânio. O comandante da tropa britânica então cravou seu punhal no objeto macabro, simbolizando que, naquele momento, a vida (exército inglês) venceu a morte (exército alemão).

Outro significado fala que a faca cravada na caveira simboliza que, não importa se o desafio é forte, grande ou difícil demais, a determinação em vencer superará qualquer coisa.

Em outra referência, surge também a história do primeiro homem a vencer a morte, Jesus Cristo, crucificado no alto do Gólgota, que significa “O Lugar da Caveira” (também conhecido por Lugar do Crânio). Atribuiu-se este nome, “Lugar da Caveira”, porque o local, fora das muralhas de Jerusalém, apresentava uma elevação que se assemelhava a um crânio. A Cruz de Jesus fincada no alto do Gólgota assemelhando-se a uma faca cravada na caveira, remete a esta simbologia.