Brasília é uma cidade diferente. Os protestos estão presentes em nosso cotidiano, mas ainda não aprendemos a trabalhar em meio as massas. É estranho ver os mesmos erros da polícia. Primeiro tivemos um grande incidente com os estudantes, depois com os professores da UNB e agora com os manifestantes em frente a Câmara Legislativa. Será que são todos BADERNEIROS? Não entrarei nesse mérito!
Ao abrir o Jonal de Brasília de hoje, a matéria de capa, me chamou a atenção: PM REPRIME PROTESTO A GOLPES DE CASSETETE – O conflito ocorreu quando houve a tentativa de invasão da Câmara. Manifestantes e PM´s acusam-se pelas agressões. Política, página 27.
Uma foto ilustrando a cena mostrava manifestantes ao chão, protegidos por seus ESCUDOS e PM´s dando “tonfadas”…
Ao ler a página 27, mais supresas. Duas fotos chamam a atenção. Em uma delas mais policiais com “tonfas” nas mãos, alguns sem capacete, nenhum com ESCUDO, “agridem” manifestantes que se defendem com seus “ESCUDOS IMPROVISADOS”. Na segunda, um tenente com a farda “manchada de sague”. De quem? Sangue de inocentes ou culpados?

No meio da leitura uma afirmação chama a atenção: O COMANDANTE DA OPERAÇÃO “JUSTIFICOU O USO DA FORÇA COMO SIMPLES CUMPRIMENTO DO DEVER DE POLÍCIA.” Qual o nosso dever dentro da sociedade? Qual é o papel da polícia? Quais os fundamentos do uso do monopólio da força? Foi um ato legítimo? O DISCURSO DA AUTORIDADE AFIRMA QUE: “A AÇÃO FOI UMA RESPOSTA A UM GRUPO DE BADERNEIROS QUE TENTOU INVADIR A CÂMARA LEGISLATIVA.”
Não darei tais respostas, pois cabe a cada um analisá-las…
O ponto que quero chegar é que não existe uma atuação em meio a “distúrbio civil” sem os equipamentos necessários. Para mim, o principal é o escudo, tanto para proteção do policial, quanto para segurança dos manifestantes. Enquanto esse equipamento não for utilizado nesse tipo de manifestação o resultado será o mesmo. Os Romanos sabiam muito bem de sua importância, os manifestantes também, pois improvisaram escudos para conter as “agressões”.

Atualmente o PARÁ é o estado mais “evoluído” nesse tipo de serviço, mas para isso tiveram que aprender a duras penas. El Dourado dos Carajás foi um marco na polícia desse estado. Teremos que ter um acontecimento como o ocorrido em “El Dourado” para aprendermos? Não está muito longe de ocorrer…Quem não aprende pelo amor, aprende pela dor!