Em 23 de julho de 1932, há 89 anos, falecia o então coronel e comandante geral da Força Pública do Estado de São Paulo Júlio Marcondes César Salgado (1890-1932) em Santo Amaro, São Paulo/SP, após acidente durante testes com um protótipo de morteiro. Também morreu no desastre o capitão José Marcelino da Fonseca, projetista dessa arma. Houve também um saldo de alguns feridos, de variadas gravidades. Naquele mesmo dia o Governador do Estado de São Paulo, Pedro de Toledo, prestou-lhe homenagem ao promovê-lo post mortem a General da Força Pública do Estado, por meio do Decreto nº 5.602, de 23 de Julho de 1932. O bravo comandante foi também um dos mentores e líderes da Revolução Constitucionalista de 1932. A memória do comandante ainda é muito presente no Estado de São Paulo, apesar da sua morte ter sido prematura e ocorrida há quase nove décadas. Afinal, ele deixou um importante legado moral e de honra, que impactou a própria doutrina da corporação na qual serviu por 25 anos. Possivelmente, a cultura de empatia recíproca entre o paulista e os seus policiais é parte desse legado, porque desde o comando do coronel Marcondes Salgado houve o início de uma aproximação entre a polícia e a população, acentuada com a Revolução Constitucionalista. E, de fato, em 1932 polícia e população eram um só Exército, irmanados nas trincheiras da lei, e assim continua até hoje. O coronel José Anchieta Torres — seu colega na Força Pública, hoje Polícia Militar do Estado de São Paulo — em artigo na Revista Militia, em agosto de 1953 (pág. 14) assim sintetizou a importância do general Marcondes Salgado:
“O patrono da Força Pública, embora extra-oficialmente, é o general Júlio Marcondes Salgado.”
Na imagem acima, da página Tudo por São Paulo 1932, o então coronel Júlio Marcondes Salgado. Redação por Guardiões de 32.