A igualdade dos salários líquidos com a Polícia Civil é a espinha dorsal da proposta do governo para o aumento no contracheque da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal. Palavras do secretário de Segurança Anderson Torres. Segundo o gestor, o projeto está pronto. Aguarda apenas um horário na agenda do presidente Jair Bolsonaro, recém desfiliado do PSL, para ser apresentado: é a União quem paga a folha de policiais e bombeiros do DF.
“Dependemos agora somente de uma agenda do Palácio do Planalto. Este é um tema importante para o presidente e para o ministro-chefe da Secretaria da Presidência da República, Jorge Antônio de Oliveira. Fizemos o pedido e estamos no aguardo pela data”, afirmou Anderson Torres ao Metrópoles.
Como as forças de segurança do DF são mantidas pela União, qualquer recomposição depende da caneta do governo federal e a palavra final deve ser dada pelo Congresso Nacional. De acordo com Torres, pela proposta do GDF, a igualdade será estabelecida a partir do topo das carreiras. Ou seja, coronel e delegado especial receberão o mesmo líquido.
Pelo fato de as estruturas das carreiras militares e da Polícia Civil serem muito distintas, não será possível, segundo Torres, atingir a igualdade perfeita. “Mas nos esforçamos muito para tudo ficar próximo”, afiançou. O secretário pontuou ainda que a proposta vai incluir a incorporação do auxílio-moradia nos soldos dos militares.
“No caso dos militares serão duas parcelas por ano, ao longo de três anos”, frisou. O gestor informou ainda que a proposta segue o mesmo molde do cronograma apresentado para o reajuste da Polícia Civil. O governador Ibaneis Rocha (MDB) já encaminhou a proposta da PCDF ao Planalto. Porém, Bolsonaro asseverou que só tratará da recomposição de salários se envolver todas as forças com igualdade, e é isso o que o GDF estaria planejando para PMs e bombeiros.
Pressão
A Polícia Militar local e o CBMDF aguardam a apresentação da proposta desde a semana passada, após acenos do GDF. Nesta terça-feira (19/11/2019), a demora provocou reações de pressão na tropa. O deputado distrital Hermeto (MDB), membro da base e ligado à PM, chegou a publicar vídeo alegando que a proposta só seria encaminhada na próxima semana. O parlamentar aproveitou para pedir paciência.
COMENTÁRIO:
Nas redes sociais, tanto o Deputado Hermeto, quanto seus aliados afirmam que o projeto ainda não está pronto, que estão em negociações e precisam do apoio e confiança da tropa.
Senhores,
Não será possível o encaminhado da proposta de reajuste essa semana. A equipe econômica do GDF, está ajustando uma pequena análise em cima dos percentuais para pagamento da primeira parcela para inicio de 2020.
De acordo com as tabelas atuais, ao final do governo, estaremos equiparados nos liquidos assim: Sd igual agente 3° classe, ST igual ao agente especial.
Essas são informações que temos para o momento, estamos em negociações, precisamos do apoio e confiança.
Marcio Bitencourt -Gabinete do Militar -Deputado Hermeto
Com informações do Portal Metrópoles