O Governo de Goiás, por meio da Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP), divulgou o balanço dos atendimentos de saúde realizados em servidores e população carcerária. Em 2021, a Gerência de Assistência Biopsicossocial, pertencente à Superintendência de Reintegração Social e Cidadania da instituição, fez cerca de 5.930 testes para diagnósticos da Covid-19 entre os servidores e aproximadamente de 60 mil atendimentos voltados à saúde dos detentos.

Segundo a área responsável por atendimentos psicológicos, físicos, odontológicos e acompanhamentos sociais, mesmo diante de um cenário de medidas restritivas causadas pelo coronavírus, os atendimentos médicos nas unidades prisionais ocorreram de forma regular, garantindo a assistência baseada no plano de atenção primária. De modo que foram promovidos cerca de 10.757 testes referente à busca ativa de casos da Covid-19, garantindo o devido tratamento médico e acompanhamento profissional a 2.980 presos que tiveram o diagnóstico confirmado para a doença.

O gerente de Assistência Biopsicossocial, Sandro Souza e Silva, ressalta que os atendimentos primários são primordiais para a identificação de doenças que exigem tratamento. “A busca ativa garante o controle das doenças, evita que elas evoluam para situações mais complexas e contribui para a saúde preventiva”, explica.

As unidades prisionais localizadas no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia concentram a maior parte da população carcerária cumprindo pena. Por isso, os profissionais da gerência realizaram uma força tarefa para garantir a saúde de todos. “Com certeza a Penitenciária Coronel Odenir Guimarães, a Casa de Prisão Provisória, a Penitenciária Feminina Consuelo Nascer, a Central de Triagem, o Núcleo de Custódia e a Colônia Agroindustrial do Regime Semiaberto foram os locais que mais receberam atendimento médico”, comenta Sandro.

Principais atendimentos

Dentro do contexto da pandemia, em 2021 os profissionais trabalharam arduamente nas demandas pertinentes à investigação de casos de Covid-19 no sistema penitenciário goiano. Dentre os principais atendimentos estão ações focadas nas doenças mentais, AIDS/HIV ou outras doenças sexualmente transmissíveis, tuberculose, dermatoses, testes rápidos e atendimentos odontológicos, além de realizar programas com foco em hipertensão, cardiopatias e diabetes.

O quadro de profissionais da saúde conta com 103 clínicos e psiquiatras, 96 enfermeiros e 33 assistentes sociais, além de 19 agentes comunitários de saúde, 113 técnicos em enfermagem e 59 auxiliares técnicos em saúde bucal. 42 psicólogos, 73 odontólogos e 6 farmacêuticos também atuam no sistema penitenciário goiano.

A gerência conta atualmente com 51 espaços de saúde e 28 consultórios odontológicos, promovendo o atendimento ágil e adequado. Mas em casos mais graves, os custodiados são encaminhados para unidades de saúde externas. Em 2021, após primeiros atendimentos, cerca de 1.291 custodiados foram encaminhados a hospitais.

COVID -19 e demais vacinações*

Segundo dados da Gerência de Assistência Biopsicossocial, desde o início da pandemia, 879 servidores e 2.980 custodiados testaram positivos para a Covid-19. Quantitativo restrito devido a aplicação de medidas preventivas e de combate à doença dentro dos ambientes penais. “Cerca de 16.860 presos foram imunizados contra a Covid-19 com a primeira dose, 13.406 receberam a segunda dose do imunizante e 1.396 receberam a dose reforço”, pontua Sandro. “Já 4.113 servidores receberam a 1ª dose e 3.924 a segunda. Profissionais que já estão recebendo a dose reforço”, completa.

A imunização contra a Influenza H1N1 também foi um dos pontos de atenção, sendo que aproximadamente 5.250 doses foram administradas e mais de mil doses disponibilizadas em pontos específicos para vacinação dos profissionais (Complexo Prisional, Trindade, Anápolis, Planaltina, Morrinhos, entre outros).

Saúde do servidor

Por meio da Portaria 99/2021 ficou determinada a criação de uma coordenação com foco na saúde do servidor penitenciário. Assim, demandas para garantir uma melhor qualidade de vida e conforto aos profissionais da segurança pública foram intensificadas. Cenário que garantiu o rastreio de doenças como Hepatites B e C, HIV e Sífilis, além do acompanhamento psicológico, assistência e orientações para servidores das nove coordenações regionais.

Parcerias

Neste ano, foram firmadas diversas parcerias para a promoção de ações voltadas à saúde. Universidade Federal de Goiás (UFG), Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC Goiás), Hemocentro de Goiás, Polícia Técnico Científica, Programa Nacional de Valorização dos Servidores da Segurança e Departamento Penitenciário Nacional (Depen) foram algumas entidades que apoiaram ações de saúde dentro do sistema penitenciário goiano.

As ações realizadas também contaram com o apoio de diversas secretarias municipais de Saúde e do Laboratório Estadual de Saúde Pública (LACEN) na oferta de treinamento e capacitação para coletas.

Mais ações

Durante o ano de 2021, a equipe de saúde também trabalhou pela captação de recursos junto ao Depen para promover o aparelhamento dos espaços de saúde das unidades prisionais, distribuiu mais de 20 mil itens educativos pertinentes ao projeto Prisões Livres de Tuberculose, realizou mais de 2 mil testes para diagnóstico HIV, Sífilis e Hepatite B e C, e fez a gestões para recebimento e distribuição de 222 aparelhos de oxímetro para os estabelecimentos penitenciários.

Diretoria-Geral de Administração Penitenciária
Comunicação Setorial

Fonte: SEAP GO