Pela segunda vez este mês, uma mãe foi presa tentando repassar ilícitos ao filho dentro do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia. Policiais penais da Casa de Prisão Provisória (CPP) interceptaram, no início da tarde dessa quinta-feira (28), 13 pedaços de papel análogo à substância K4, escondidos em um rolo de papel higiênico deixado durante a entrega de alimentos e materiais aos detentos (Cobal).
A mulher de 48 anos e seu filho, de 27, foram encaminhados à Central de Flagrantes de Aparecida. O detento cumpre pena provisória com base no artigo 157 do Código Penal Brasileiro (roubo) e deve responder, junto com a mãe, por tráfico de drogas. O jovem também responderá procedimento administrativo interno sobre a ocorrência e aplicação das sanções disciplinares, conforme determina a Lei de Execução Penal (LEP).
“O rigor estabelecido durante o recebimento de materiais e produtos de higiene deixados nas unidades prisionais vai ao encontro de diretrizes estabelecidas pelo Governo do Estado, em consonância com a Secretaria de Estado da Segurança Pública. Nosso objetivo é inibir a entrada de materiais de uso proibido dentro de ambientes prisionais goianos”, ressalta o diretor-geral de Administração Penitenciária, Josimar Pires.
A substância sintética K4 é conhecida como “droga turbinada”. Seu efeito alucinógeno é até 100 vezes maior do que a maconha convencional, possuindo grande poder viciante e destrutivo ao organismo. Na forma líquida, ela é borrifada em pedaços de papel na tentativa de burlar a vigilância dos policiais penais. É uma droga recente: as primeiras apreensões ocorreram ano passado no Brasil.
Outro caso
No dia 13 de abril, uma mulher de 44 anos foi presa em flagrante ao tentar repassar porções de substância análoga à maconha escondidas em pacotes de biscoitos, deixados durante entrega de alimentos na Penitenciária Odenir Guimarães (POG). A interceptação ocorreu no momento em que policiais penais realizavam revistas nos itens deixados pela mulher. Os dois foram encaminhados à Central de Flagrantes da Polícia Civil em Aparecida de Goiânia.
“O rigor nos procedimentos e a revista minuciosa resultaram na identificação dos entorpecentes misturados com os alimentos, que seriam repassados para um custodiado que cumpre pena com base no artigo 157 (roubo)”, lembra o coordenador da primeira Regional Prisional, Roberto Lourenço.