O Governo de Goiás, por meio da Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP), divulgou o balanço das apreensões de drones realizadas em 2021. Segundo a Gerência de Inteligência e Observatório da DGAP, 20 aeronaves não tripuladas foram interceptadas pelos servidores da instituição. Somente em julho, sete drones foram abatidos.

A maior parte das ocorrências aconteceram no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, apenas uma delas foi registrada em Anápolis. Dentre as unidades prisionais pertencentes à 1ª Coordenação Regional Prisional, a Casa de Prisão Provisória (CPP) de Aparecida de Goiânia foi o presídio com mais registro de interceptação de drones.

Durante as interceptações, além das aeronaves não tripuladas, foram apreendidos cerca de 50 celulares, dezenas de chips de operadoras, fones de ouvido e carregadores, além de uma grande quantia de entorpecentes. Os materiais ilícitos eram transportados pelos drones.

Segundo o diretor-geral de Administração Penitenciária, Josimar Pires, as apreensões são resultado da dedicação dos policiais penais, que trabalham arduamente para coibir a entrada de materiais ilícitos nos presídios. “As intervenções resultam dos procedimentos realizados pelos servidores penitenciários. São fruto do esforço e capacitação do nosso efetivo. Eles merecem o reconhecimento pelo trabalho que estão realizando ao garantir a ordem e disciplina nas unidades prisionais de forma honrosa”, defende.

Além do aumento na supervisão, o êxito na barragem dos ilícitos também é garantido pela colaboração entre os grupos especializadas da Polícia Penal — Grupo de Operações Penitenciárias Especiais (Gope) e Grupo de Guarita e Muralha (GGM); da Polícia Civil — Grupo Especial de Repressão a Narcóticos (Genarc); e da Polícia Militar — Grupo de Radiopatrulha Aérea (Graer), dentre outros auxílios.

Pandemia

Os registros de sobrevoos dos drones próximo a unidades prisionais iniciaram durante a pandemia causada pelo novo coronavírus, quando as medidas para evitar a disseminação da doença dentro dos presídios restringiram o acesso dos presos. “A proibição das visitas e de determinados itens da cobal influenciou diretamente na redução da entrada de materiais de uso não permitido, o que motivou os detentos a buscarem alternativas”, explica o diretor-geral adjunto, Aristóteles El Assal.

Com o aumento no rigor dos procedimentos operacionais, os criminosos também começaram a usar as aeronaves não tripuladas para ter acesso a ilícitos dentro dos presídios, fazendo com que a Polícia Penal de Goiás investisse em monitoramento e intensificasse a fiscalização.

A última interceptação ocorreu em julho e contou com o apoio dos policiais penais do Grupo de Operações Penitenciárias (GOPE), em uma ocorrência que resultou na prisão de um indivíduo responsável por pilotar o veículo aéreo não tripulado próximo ao perímetro de segurança do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia.

Em todas as situações os materiais foram apreendidos e encaminhados às autoridades policiais competentes para as devidas providências. Nos casos em que foram identificados, os suspeitos por controlarem os drones também foram levados à Delegacia de Polícia Civil.

Modo de operação

Em muitas ocorrências os indivíduos amarram pacotes com materiais ilícitos nos drones. Estes pacotes são liberados dentro dos presídios, por meio de controle remoto. A tecnologia de alguns desses drones contribui para que tais veículos se aproximem dos perímetros de segurança.

Em paralelo, os policiais penais cada dia se especializam mais em procedimentos antidrones para coibir essas ações criminosas. Medida que refletiu diretamente na redução desta prática, já que desde julho nenhuma interceptação de drone foi registrada.

Diretoria-Geral de Administração Penitenciária – DGAP
Comunicação Setorial

Fonte: SEAP GO