A Unidade Prisional Regional Feminina (UPRFEM) de Paranaiguara completa três anos de existência, nesta sexta-feira (05/11). A penitenciária foi criada em 2018, para custodiar mulheres presas provisórias e condenadas. A princípio, foi construída para tutelar detentas vindas de outras prisões do Sudoeste goiano e, atualmente, tem uma população carcerária composta por 59 mulheres.

De acordo com a diretora da unidade, Márcia de Oliveira, a principal conquista do presídio ao longo desses três anos é a implantação projetos de ressocialização. “Não à toa, temos 48 presas participando de atividades laborais propostas pela gestão. Esse número corresponde a 81% e mostra que boa parte da população carcerária do presídio está buscando novas perspectivas de vida, ao focar seus esforços no trabalho e nos estudos”, afirma.

A diretora também ressalta que os projetos de ressocialização refletem nos bons resultados da unidade prisional, como por exemplo ausência de fuga, rebelião e entrada de ilícitos. “Aqui dentro elas têm oportunidades, inclusive de interpretar melhor as relações interpessoais e com o mundo, de melhorar os conceitos de responsabilidade, tanto individual quanto social, o que, consequentemente, resulta na baixa reincidência criminal, que hoje é de apenas 3%. Das 253 reeducandas que passaram por aqui nesses três anos, somente 10, infelizmente, retornaram ao sistema prisional”, explica Márcia de Oliveira.

Trabalho

O presídio possui seis programas de ressocialização por meio do trabalho. Eles são voltados para atividades de serviços gerais, cultivo de hortaliças, confecção de fraldas e uniformes. Somente na produção de fraldas, as presas conseguem confeccionar diariamente cerca de 300 unidades, que são entregues a hospitais do município. Os outros materiais produzidos pelas custodiadas são doados ao lar dos idosos, institutos de assistência social e pessoas de baixa renda.

Além disso, a UPRFEM conta com apoio da Prefeitura de Paranaiguara para executar grande parte desses projetos de reintegração. A gestão municipal disponibiliza equipamentos e matérias primas, como máquinas de costura e tecidos, necessários para o trabalho das reeducandas.

Educação

A UPRFEM de Paranaiguara também incentiva a adesão aos projetos de remição de pena pela educação. Atualmente 33 internas estão matriculadas nos ensinos fundamental, médio e superior; isso significa que quase 56% das presas estão estudando. As detentas também participam da aplicação do Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja), de palestras e exames preventivos a diversas doenças, e têm à sua disposição sala para atendimento médico, sala de informática e módulo de trabalho.

Diretoria-Geral de Administração Penitenciária – DGAP
Comunicação Setorial

Fonte: SEAP GO