Em 2019, a PRF na Bahia resgatou quase 4.000 animais silvestres. Vale ressaltar que é crime a caça predatória, o tráfico e a criação ilegal desses animais.
Na manhã desta sexta-feira (15), policiais rodoviários federais faziam fiscalização preventiva na altura do quilômetro 226 da BR 242, trecho do município de Itaberaba (BA), quando abordaram um veículo GM/Kadett GL, com placas de Itagiba (BA).
Durante os procedimentos de fiscalização, a equipe solicitou os documentos do condutor, do passageiro, do automóvel e do reboque acoplado. Na entrevista, os PRFs notaram sinais de nervosismo e respostas desencontradas por parte do motorista.
Em seguida, os agentes realizaram uma revista minuciosa no compartimento de carga que estava acoplado ao Kadett, onde foram encontradas dezenas aves silvestres das espécies azulão, cardeal, sofrê, tico-tico, papa-capim, e prega. Ao todo foram 91 aves encontradas no reboque, 5 dos quais já estavam mortas. Mais dois pássaros foram resgatados no interior do carro.
Os pássaros estavam aprisionados em pequenas gaiolas, em local escuro e sem ventilação e ensejando total falta de cuidados, higiene e maus tratos.
Dada às circunstâncias, o condutor assumiu a responsabilidade pela captura dos animais e disse não possuir autorização do órgão ambiental para criação. Informou ainda que capturou os pássaros na cidade de Serrolândia (BA) e que pretendia comercializar os animais em São Paulo (SP), pelo valor de 20 reais a unidade. Ele também confessou que já praticou esse mesmo crime por sete vezes.
Foi lavrado o Termo Circunstanciado de Ocorrência e o infrator responderá na Justiça por crime contra o meio ambiente previsto na Lei 9.605/98.
Os pássaros foram encaminhados aos cuidados do órgão ambiental do município, onde passarão por um processo de reabilitação para voltarem à liberdade. O retorno ao habitat natural nem sempre é um processo rápido. Além de tratar a saúde, os animais precisam reaprender funções básicas como voar e caçar.
A PRF alerta que as denúncias nas rodovias podem ser realizadas através do telefone 191, que funciona em todo o Brasil. A ligação é gratuita e não é preciso se identificar.