Ao examinar a experiência, no que diz respeito a “polícia comunitária”, nos quatro continentes, Bayley e Skolnick (2006) observaram mudanças significativas nos departamentos de polícia, que “ao invés de apenas falar em policiamento comunitário” implementaram e seguiram basicamente quatro normas:
1) Organizaram a prevenção do crime tendo como base os anseios da comunidade;
2) Reorientaram as atividades de patrulhamento para enfatizar os serviços não-emergenciais, ou seja, focaram em ações preventivas;
3) Aumentaram a responsabilização das comunidades locais; e
4) Descentralizaram o comando.
A pergunta que fica é: no DF temos policiamento comunitário?
Resposta do amigo ASSIS no Facebook: (http://www.facebook.com/fapn.assis)
1) Organizaram a prevenção do crime tendo como base os anseios da comunidade;
Quando a comunidade é representada por pequeno número de seus anseios, os quais, por serem os mais frequentes na observação de todos, bastam para a expressão de segurança dentro da grande quantidade dos acontecimentos mais habituais. Digamos que o policial que operar com autonomia conjuntiva frente à comunidade, vai obter resultados positivos, pois o que vale como resposta é a consequência de uma ação bem sucedida de ambas as partes, o policial bem informado sobre os locais de maiores incidências de crimes e comunidade bem amparada por terem como base de combate ao crime os seus próprios relatos de vigilância e assim, em conjuntura a conclusão de uma operação perfeita.
2) Reorientaram as atividades de patrulhamento para enfatizar os serviços não-emergenciais, ou seja, focaram em ações preventivas;
Acredito que a falta de comunicação e a reorientação voltada para o policiamento comunitário aqui no DF, não funciona como o previsto, ou seja, não busca os princípios fundamentais cujo estudo geral que circundam a existências das necessidades locais, não viabiliza a credibilidade proposta no programa (objetivo), ou seja, passa de uma ação preventiva para uma ação impossível, pois os meios referenciados e disponíveis aos postos comunitários, bem como, para os próprios policiais são escassos, não havendo nenhuma possibilidade de resposta satisfatória à comunidade.
3) Aumentaram a responsabilização das comunidades locais; e
No DF, a comunidade num todo, sabe e acredita no trabalho da polícia militar, porém, na implantação desse policiamento nas comunidades locais, ficou claro que veio para solucionar os problemas de segurança da população, assim como no sistema de princípios relativos à certa ordem de fatos e, para que isso ocorra é necessário a concepção geral sob o ponto de vista de cada um membro dessas comunidades (sabemos que isso não acontece).
4) Descentralizaram o comando.
Eis o lado a se questionar, pois havendo um comando administrativo regional com foco político, jamais haverá os princípios conhecidos pela observação e pela experiência daqueles que trabalham direto com a comunidade, para tanto é fácil observar que a ética relacionada com a vida social, sua origem, seu desenvolvimento e seus fins, partem do convívio e da confiança que a comunidade adquire com certo tempo aos policiais que ali trabalham, ou seja, se houver a descentralização do comando, haverá sim, um trabalho de qualidade de policiamento comunitário.
A pergunta que fica é: no DF temos policiamento comunitário?
Infelizmente “NÃO TEMOS”.
Temos locais e profissionais qualificados para lidar com o Policiamento Comunitário, porém, não basta ter o melhor produto e não saber usá-lo (é o que está acontecendo atualmente). Quase todos os Postos Policiais Comunitários do DF, estão situados em locais estratégicos, por outro lado existem aqueles que não condizem com as necessidades da comunidade, gerando com isso desconforto abandono e a permanência da insegurança. Dessa forma ao invés de aproximar o cidadão, o faz afastá-lo.
Os profissionais que foram qualificados para exercerem essas funções sabem perfeitamente que “não adianta lutar sem meios”, ou seja, não há empenho ou apoio de governo ou do próprio Comando da Policia Militar, para que eles possam servir e atender de forma humanitária a comunidade, basta entrar em qualquer um desses postos para perceber a precariedade, falta efetivo, viaturas, computadores e o mais importante de todos, o conforto para trabalhar com dignidade.
Temos policiamento comunitário atualmente no DF?
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