Poucas pessoas compreendem que liderança está intimamente ligada a influenciar pessoas, mas que o ponto principal da liderança é o caráter, nós manifestamos caráter quando o sacrifício pelos nossos princípios torna-se mais importante para nós do que o compromisso com a popularidade. Isso é uma regra básica, em liderança, às vezes, menos é mais.
Um líder verdadeiro é capaz de suportar críticas e abusos, mantendo o seu caráter. O que isso significa? Caráter significa ter um comprometimento com um conjunto de valores sem comprometer-se. Líderes de princípios não renegam seus valores quando pressionados a desconsiderar suas crenças. Como os valores são baseados nas convicções deles, eles estão dispostos a perder dinheiro, promoção, posição e outras vantagens pelos seus valores.
Os três principais tipos de tentação (teste) que os seres humanos enfrentam são: o teste dos apetites, o teste da fama e o teste do poder. A sua confiança como líder é conquistada e mantida pela consistência que você exibe ao passar por vários testes com o passar do tempo. Grande parte das pessoas não sabem lidar com o poder, muito menos com a fama. No meio político principalmente.
Um líder de princípios é previsível a ponto de seu caráter falar por ele na sua ausência. Por isso, não existe “preço” que faça um líder de caráter comprometer seus padrões morais. Quando falamos em caráter devemos ter em mente que significa esforçar-se continuamente para integrar seus pensamentos, palavras e ações.
Para sermos líderes de princípios, nossa vida privada e pública deve ser, eticamente, “uma”. Isso significa que devemos ser honestos quando ninguém está nos observando. Quando dizemos algo publicamente, devemos honrar o que dizemos na vida privada. Uma pessoa com integridade é a mesma todo o tempo, dia ou noite, calor ou frio, bons e maus momentos. Ela acredita no que faz, e faz o que acredita. Ela diz o que faz e faz o que diz. Não há dicotomia.
Quando não temos integridade, somos insinceros, ou “duas-caras. Vejamos uma ilustração para esse conceito que tem base nas origens da arte do ator. Os gregos foram os primeiros a desenvolverem o teatro. Embora tenham começado usando apenas um coro de pessoas para narrar uma história, depois eles incorporaram mais uma pessoa no formato para atuar em seis papéis diferentes, usando máscaras diferentes, trocando-as de acordo com o personagem específico que estava interpretando, daí o termo “fulano é mascarado”.
Interessante, a palavra que os gregos usavam para referir-se a essa pessoa era hypokrites, que originou a palavra “hipócrita”. De forma similar, a palavra “hipocrisia” vem da palavra hypokrisis, que significar “atuar no palco”, fingimento”, de hypokrineesthai, que significa “desempenhar um papel, fingir”. Na forma original, “hipócrita” não era termo negativo; era simplesmente uma referência aos atores que vestiam máscaras no palco ao atuarem em vários papéis. Entretanto, o termo evoluiu para a ideia de uma pessoa de “muitas caras”, ou seja, alguém cuja verdadeira identidade não era o que parecia. No meio político atual é o que mais temos. O grande problema de conversar com um hipócrita é que você nunca sabe quem é a pessoa com quem você está falando.