Na manhã desta segunda-feira (27/9), a Diretoria Geral de Administração Penitenciária (DGAP) e a Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC) realizaram uma mesa-redonda composta por especialistas para tratar de ações de prevenção ao suicídio no sistema prisional goiano. A palestra contou com a presença de representantes da DGAP, além do público composto por policiais penais da instituição.

O encontro teve o objetivo de destacar a importância da valorização da saúde psicológica do servidor, bem como conscientizar e alertar sobre características e aspectos que envolvem o suicídio, de forma que essas situações possam ser identificadas previamente.

A palestra foi organizada pelas equipes da DGAP e da PUC. a Gerência de Assistência Biopsicossocial e a Coordenação de Saúde do Servidor, como representantes da primeira, e a Pró-Reitoria de Extensão, representando a instituição de ensino. A DGAP, representada pelo diretor adjunto Aristóteles Assal, foi parabenizada pela iniciativa de promover a discussão acerca do tema e, mais do que isso, incentivar a participação dos policiais penais no evento.

Em seu discurso, o policial penal e gerente de Ensino da Escola Superior de Polícia Penal, Leyber Alves Soares, agradeceu às duas instituições organizadoras e aos policiais penais presentes. “Para nós, este é um assunto muito salutar”, ele ressaltou. Além disso, Leyber também destacou a relevância desta oportunidade para abordar o tema, justamente porque costuma ser um assunto evitado pela maioria das pessoas.

O policial penal e diretor adjunto da DGAP, Aristóteles Assal, também fez parte da mesa-redonda e destacou o efeito positivo de aproximar os policiais penais de discussões sobre este tema. “Nós trabalhamos em uma profissão muito extenuante, perigosa. Sabemos que parcerias como esta trazem meios para que nós possamos prevenir qualquer desdobramento negativo acerca da saúde mental do profissional de segurança pública, em especial o policial penal”, salientou Aristóteles. O gerente de Assistência Biopsicossocial da DGAP, Sandro de Souza e Silva, também ressaltou o empenho que a instituição têm desenvolvido para priorizar a saúde mental de seus servidores.

Na palestra, o gerente de Qualidade de Vida Ocupacional do Estado de Goiás, médico especialista em Medicina do Trabalho, doutor Fábio Chacur Pascholati — que tem experiência com profissionais da segurança pública — salientou a importância do acolhimento no sentido de prevenir casos de suicídio. O conceito de “ação primária” foi um dos pontos explicados por ele, que se trata de tomar uma atitude antes que algo aconteça, enquanto a secundária diz respeito ao tratamento.

A professora e diretora das Ciências Sociais e da Saúde da PUC, doutora Juliany Guimarães Gonçalves defendeu que a discussão de prevenção ao suicídio deve estar vinculada às diferentes áreas da saúde — biológica e psicológica. Ela também pontuou que, no caso de trabalhadores da segurança pública, esse tema deve ser analisado com cautela e levando em conta todo o contexto e as variáveis inseridas que podem impactar a saúde dos indivíduos. “Os profissionais da segurança pública são aqueles que zelam pela integridade social, portanto, vocês precisam estar bem”.

No encontro, segundo o psicólogo e coordenador de Assuntos Estudantis da PUC, Valterci Vieira, “o fortalecimento das instituições acontece por meio do enfrentamento às situações desafiadoras, que são de todos nós”. Ele ressaltou também que cada um de nós desempenha um papel para o bem estar coletivo. “É importante que vocês se sintam acolhidos e nunca se sintam sós. Não estejam sós nessa trajetória”, Valterci disse aos policiais penais.

FOTOS: DGAP

Diretoria Geral de Administração Penitenciária (DGAP)
Comunicação Setorial

Fonte: SEAP GO