A Polícia Penal de Goiás participou, na manhã dessa terça-feira (30/11), da Operação VANT, deflagrada pela Polícia Civil, por meio Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas com apoio da Polícia Penal. A ação conjunta realizou buscas e apreensões em onze celas Casa de Prisão Provisória (CPP) e uma do Núcleo de Custódia do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia.
O foco da operação são as organizações criminosas que usam drones para arremessar drogas e outros ilícitos dentro dos presídios. Por isso, a operação foi chamada de VANT, abreviação de veículo aéreo não tripulado. As revistas dentro das unidades prisionais resultaram na apreensão de anotações e duas armas brancas (facas caseiras).
De acordo com a Polícia Civil, além da CPP, foram cumpridos 18 mandados de prisão temporária e 25 mandados de busca e apreensão nos municípios de Goiânia, Aparecida de Goiânia, Trindade, Goianira, Bela Vista de Goiás, Senador Canedo, Morrinhos, Anicuns e Joviânia.
Apreensões de drones
Segundo balanço realizado pela Gerência de Inteligência e Observatório da Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP), 21 drones foram interceptados nas mediações de unidades prisionais do Estado, em 2021. Destas apreensões, 19 aconteceram na CPP de Aparecida de Goiânia. Somente na primeira quinzena do mês de julho, foi evitada a entrada de sete aeronaves não tripuladas para o interior dos presídios. O conjunto de aeronaves não tripuladas apreendidas este ano correspondem, aproximadamente, ao valor de R$ 250 mil.
A frequência na utilização dos drones para práticas criminosas fez com que a DGAP intensificasse os trabalhos inteligência, segurança e vigilância para evitar a entrada de objetos ilícitos dentro dos estabelecimentos penitenciários. “Os criminosos estão sempre buscando novas formas de atuar e nosso papel é estar um passo à frente. Nós concentramos nossos esforços na apreensão dos drones, ampliamos o monitoramento e já estamos colhendo os resultados”, disse o diretor-geral de Administração Penitenciária em substituição, Aristóteles Camilo El Assal.
Investigações
Segundo o inquérito policial da Delegacia de Repressão às Atividades Criminosas Organizadas (Draco) indicam que o “serviço de entrega” de drogas e celulares por meio de drones é requisitado e custeado por detentos pertencentes à facção criminosa.
As investigações apontam que o grupo criminoso possui relevante poder econômico, pois o custo operacional para a execução de uma única “viagem” de drone pode chegar a R$ 50 mil.
Dentre as funções desempenhadas pelos integrantes do grupo, foram identificados operadores financeiros, instrutores de drones, pilotos de drones e auxiliares. Os investigados irão responder pelos crimes de associação criminosa, tráfico de drogas, associação ao tráfico e favorecimento real.
Trabalho integrado
Além do aumento na supervisão, o êxito na barragem dos ilícitos também é garantido pela colaboração entre as tropas especializadas da Polícia Penal — Grupo de Operações Penitenciárias Especiais (Gope) e Grupo de Guarita e Muralha (GGM); da Polícia Civil — Grupo Especial de Repressão a Narcóticos (Genarc); e da Polícia Militar — Grupo de Radiopatrulha Aérea (Graer). “Nosso setor de Inteligência e nossos policiais trabalham em integração com as demais forças policiais para evitar esta e qualquer nova modalidade de crime”, declara o diretor-geral Aristóteles Camilo El Assal.
As interceptações mencionadas no relatório ocorreram no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, pertencente à 1ª Coordenação Regional Prisional (CRP) da DGAP. Em todas as situações os materiais foram apreendidos e encaminhados às autoridades policiais competentes para as devidas providências na forma da lei. Nos casos em que foram identificados, os suspeitos por controlarem os drones também foram presos.
Diretoria Geral de Administração Penitenciária – DGAP
Comunicação Setorial