As águas dos temporais que caíram sobre Ceilândia e Taguatinga nos períodos de chuvas desciam com intensidade para as regiões que estão na parte baixa do Distrito Federal. E essa força da correnteza causou a formação de uma erosão próximo a um córrego na Chácara 3, limítrofe às chácaras 1, 2 e 4, de Arniqueira.
O problema seria maior, não fosse a ação do Governo do Distrito Federal (GDF) na recuperação desse barranco de terra que deslizou e colocou em risco as casas da vizinhança. Com uma pá carregadeira e quatro caminhões, uma equipe do programa GDF Presente preencheu e assentou o buraco feito pela erosão com material reciclado de restos da construção civil mais terra e argila.
“Estávamos assustados, sentindo a casa ser abalada e o terreno a ceder cada vez mais, chegando a uma distância de 15 metros do córrego no final de 2021”, conta o empresário Fabiano de Oliveira, 45 anos, morador da Chácara 3 desde 2000. “Depois que vieram e começaram a conter a erosão, tudo voltou a se estabilizar.”
No último ano, a Administração Regional de Arniqueira encaminhou à Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), à Companhia Imobiliária de Brasília (Terracap) e à Defesa Civil um levantamento atualizado das 37 erosões existentes no Setor Habitacional Arniqueira.
Os pontos mapeados como emergenciais estão recebendo medidas que atenuam o agravamento da situação no terreno arenoso. “Ações como essa visam à proteção dos moradores e atenuam os danos ambientais”, afirma a administradora regional de Arniqueira, Telma Rufino.
Responsável por atender Arniqueira pelo Polo Central II do GDF Presente, Anchieta Coimbra lembra que as áreas de chácaras da região são as que mais sofrem nos períodos de chuva. Os prejuízos causados pelo acúmulo da água na formação dos buracos só podem ser minimizados se prontamente sanados.
“Se não tratamos, formam-se crateras que tiram o conforto e a segurança, sem contar em maior prejuízo para o governo. E o GDF tem agido com prontidão, para, ao identificar esses problemas, ir lá solucioná-los”, diz.
Hédio Ferreira Júnior, da Agência Brasília | Edição: Rosualdo Rodrigues