Cem anos, sem títulos. O poder das palavras do treinador húngaro Béla Guttmann caiu como uma maldição sobre o Benfica. Chateado por não ganhar um aumento no salário, o técnico do time português rogou uma praga que vem surtindo efeito há seis décadas. O último título europeu do Benfica foi o bicampeonato da Taça dos Clubes Campeões Europeus conquistado em 2 de maio de 1962 quando o time venceu o Real Madrid por 3 a 2 em Amsterdã, na Holanda.

Bélla Guttmann era conhecido por ser um treinador preocupado com o condicionamento físico dos atletas. Seus jogadores tinham uma rotina de treino diferenciada em relação ao que acontecia em outras equipes da época.

A campanha de sucesso do Benfica levou Béla Guttmann a procurar a direção do time para negociar um bônus. Sem o retorno esperado, o treinador resolveu deixar o clube e teria dito que sem ele no comando, o Benfica ficaria um século sem conquistar uma taça continental.

De lá pra cá, parece que a suposta maldição pegou. Em 60 anos, o Benfica chegou a oito finais: em 1963, 1968, 1983, 1988, 2013 e 2014. E não venceu nenhuma partida decisiva. Nem mesmo quando era favorito ao título.

Em fevereiro de 2014, antes do final da temporada, foi inaugurada uma estátua de Béla Guttmann, na casa do clube, no Estádio da Luz, em Lisboa, Portugal. Há quem diga que a homenagem ao lendário técnico, já falecido, seria uma tentativa de pôr fim ao jejum de títulos europeus. Mas, naquele ano, o Benfica perdeu novamente. Dessa vez, nos pênaltis, contra o clube espanhol Sevilla.

História Hoje

Redação: Beatriz Evaristo

Sonoplastia: Messias Melo