A principal estrada do Núcleo Rural Kanegae, que liga a região à área urbana do Riacho Fundo, está em obras. A Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap) começou, na última segunda-feira (24), uma reforma do pavimento da pista, com aporte de R$ 3,9 milhões e geração de cerca de 60 empregos.
O trecho tem 3,86 km de extensão e passa por pontos importantes para a comunidade, como a Escola Classe Kanegae. Além disso, dá acesso a condomínios, plantações e setores comerciais do núcleo. Estima-se que mais de 10 mil pessoas morem na área, entre produtores rurais que cultivam hortaliças, frutas e verduras.
“Desde que assumimos a gestão da administração regional, no início de 2019, temos trabalhado para que o recapeamento da Colônia Agrícola Kanegae, enfim, saísse do papel. Hoje a obra é uma realidade”, aponta a administradora do Riacho Fundo, Ana Lúcia Melo.
O engenheiro civil da Divisão de Obras da Diretoria de Urbanização da Novacap, executor do contrato, Benito Ferreira Júnior, explica que haverá fresagem do asfalto existente, recuperação da base e restauração do pavimento. Segundo ele, será usado um total aproximado de 900 toneladas de massa asfáltica.
“Não cabiam mais operações para tapar buraco na via, devido ao excesso de ondulações e trechos danificados. Por isso, estamos fazendo um serviço de manutenção, com uma nova pavimentação para dar mais conforto aos motoristas”, alega ele.
O diretor de Obras da Administração Regional do Riacho Fundo, Ítalo de Freitas, acrescenta que a pista recebe uma quantidade elevada de pessoas por ser a principal rota da comunidade à área urbana da cidade, e também utilizada como passagem a outras regiões. “A via é usada como alternativa para motoristas que passam pela EPNB e querem ir a outros locais, como o próprio Riacho Fundo, Riacho Fundo 2 e Recanto das Emas”, afirma.
A diretora da Escola Classe Kanegae, Schirley Santos Oliveira Rocha, afirma que a chegada do novo asfalto na região era um sonho para toda a comunidade. “Como é uma escola rural, todos os alunos vêm e vão de ônibus escolar. E o recapeamento vai melhorar a experiência deles, que ficavam balançando dentro do ônibus por causa dos buracos e desníveis”, conta.
“Também era ruim para os carros de professores, porque muitos chegavam a furar os pneus e estragar a suspensão. O meu mesmo vivia na oficina”, completa. A escola atende a 150 alunos na educação infantil em período integral e o quadro de funcionários é composto por 30 pessoas.
Já a autônoma Maria Eduarda Azevedo, 23 anos, usa o trecho em reforma com muita frequência, já que mora e trabalha no núcleo rural. Segundo ela, a situação estava crítica e causava transtornos à comunidade. “A pista estava muito esburacada. Na época de chuva, ficava horrível para dirigir, piorava muito. E na seca, a gente sofria muito com poeira”, diz a jovem. “Acho que a obra vai melhorar bastante a vida dos moradores”.