Hoje, como não faço há algum tempo, usarei meu diário. É mais um daqueles textos desabafo. Não precisam lê-lo, nem compreendê-lo…
Minha vida anda muito corrida. Não tenho tempo para quase nada. Trabalhar, estudar, dar atenção aos amigos, executar projetos, elaborar projetos. Às vezes pergunto-me: “por que tudo isso?”
Poderia estudar para outros concursos, mas fico pensando polícia…
Poderia investir em mim, mas fico pensando polícia…
Vale a pena tudo isso?
Esse final de semana foi muito bom. No sábado tive a oportunidade de estar presente em uma confraternização dos alunos do curso de formação de praças (4º Pel – Tsuname) na casa de um amigo da época do segundo grau (Virgulino). Foi maravilhoso “pagar flexão” de punho cerrado, cantar canções de curso, falar das experiências adquiridas ao longo dos dez anos. Rever sargentos da época de curso (Sargento Ribeiro e Sargento Júlio) e fazer novos amigos não tem preço. Descobri que adoro ser polícia…
No domingo não foi diferente. Aniversário do meu amigo Sargento Adriano, mais uma vez o prato do dia foi falar de polícia. O papo é sempre o mesmo: Que polícia nós temos? Que polícia nós queremos? Passamos o dia falando de polícia!
Ontem achei que seria diferente (segunda-feira). Fui trabalhar e durante o trabalho recebi um convite para um jantar. Mais uma vez o cardápio foi: “falar de polícia e do seu futuro”. Foi gratificante conversar com o Alexandre, soldado da minha turma, e o Myles um soldado mais novo de uma mente fantástica. Três malucos a uma da manhã discutindo polícia. Outra vez, encerramos o dia com a seguinte pergunta:
Por que fazemos tudo isso?
Descobrimos que gostamos demais da polícia para abandoná-la e que é maravilhoso falar de polícia.
Hoje pela manhã, cansei, uma hora ao telefone com o Adilson da Rede Democrática falando de polícia…
Mas mesmo assim, mesmo amando e querendo falar, preciso de férias da polícia, ou pelo menos, preciso parar de falar de polícia!
Preciso parar de falar de polícia!
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