Dando continuidade ao projeto de análise das reuniões dos Conselhos Comunitários de Segurança no DF, ontem estive acompanhando a reunião do Lago Norte, que ocorreu na sede da Prefeitura Comunitária da Cidade.
No local estiveram presentes várias autoridades e poucos moradores. Uma realidade dos conselhos em todo Distrito Federal é pouca participação da sociedade. Dentre as autoridades estavam o Comandante Interino do 24º BPM, batalhão da área, a Delegada Chefe da 9º DP, o Chefe de Gabinete da Administração Regional, Uma representante da Suproc e Um representante do DETRAN/DF.

As reclamações são as mais diversas, muitas delas até fora do tema: “Segurança Pública”. Em decorrência da presença de um representante da Administração Regional as cobranças voltaram-se para as mais diversas áreas. As principais reclamações foram:
1) Obstruções das calçadas, inclusive por postes da CEB – As críticas foram direcionadas a Administração Regional e respondidas pelo Chefe de Gabinete que as direcionou a CEB;
2) Sujeiras nas calçadas – Foram feitas críticas quanto a limpeza da cidade e a falta de educação de moradores que levam seus animais para passear sem os cuidados necessários. Reclamações de fezes de animais por várias calçadas da cidade. Houve a sugestão de campanha educativa;
3) Outra reclamação esteve voltada para o perigo da Dengue e Leishimaniose na cidade. Houve a sugestão de uma campanha educativa;
4) Várias críticas foram direcionadas a AGEFIS e a sugestão de que o órgão também faça parte dos membros natos do Conselho;
5) O DETRAN recebeu críticas referentes as vagas a mais para portadores de necessidades especiais, se comparadas as de idosos. O órgão justificou alegando que o local é de jurisdição do DER e que não poderia fazer nada sobre o tema. Várias reclamações foram direcionadas ao DER que sempre é convidado a participar das reuniões, mas que nunca comparece. Houve uma sugestão de uma gestão para que o DER e AGEFIS sejam incluidos em DECRETO que os inclua como membros governamentais efetivos. Em decorrência dos problemas específicos do Lago Norte houve a sugestão de que se acabasse com a Rodovia que “corta” a cidade. Passando assim a jurisdição da área para o DETRAN;
6) Um ponto importante foi a sugestão de que todos da comunidade possam eleger os representantes do Conselho, pois as entidades (seus representantes legais) que o elegem não constumam participar das reuniões;
7) No que se refere a PMDF houve uma crítica sobre a necessidade de “maior visibilidade” da polícia e a sugestão de que as viaturas liguem seus sistemas luminosos e de som ao fazerem o patrulhamento entre as ruas. O objetivo é que a população saiba que a polícia está presente. O comandante expôs sobre a falta de efetivo, necessidade de reforço de policiamento de outras unidades, o que está sendo feito por meio do serviço voluntário e possível apresentação de novos policiais com a conclusão do CFP. Ele apresentou dados estatísticos que demonstram redução dos “índices de criminalidade” da área”, mas também o aumento dos índices de furto em veículos nas próximidades do Shopping. Foi perguntado pela presidente do conselho sobre a atual situação da unidade, quanto ao efetivo. O comandante respondeu que atualmente a unidade conta com 124 (cento e vinte quatro policiais) e 03 (três) viaturas para cobrir diversas áreas, sendo elas: Lago Norte, Varjão, Taquari, Setor de Mansões do Lago Norte e áreas rurais. Foi interessante por parte dele a distribuição de folders educativos sobre furtos em residência e sequestro relâmpago. Houve uma cobrança pela implantação do Batalhão na cidade, pois hoje funciona na Asa Norte.
8) Sobre a Polícia Civil a pior reclamação foi com relação a falta de Delegado de Plantão, as portas da delegacia fechadas durante a madrugada e o péssimo atendimento por parte dos agentes que lá permanecem. A delegada chefe justificou que tem problemas de efetivo, em decorrência da devolução dos agentes penitenciários que atuavam como agentes, mas que se propõe a revesar com os outros dois delegados em esquema de plantão para melhorar o atendimento da delegacia. Alegou que irão retornar com um tipo de atendimento as vítimas, onde um agente vai até a casa delas para dar um melhor suporte e colher informações mais detalhadas. Disse também que possivelmente a greve encerre na próxima quinta-feira e que o trabalho seja normalizado. Também ocorreram críticas com relação a alguns bares da cidade que funcionam até de madrugada. Um ponto interessante foi a disposição da delegada em receber moradores para verificar a “ficha” de possíveis candidatos a empregados, principalmente caseiros. Uma forma de previnir possíveis crimes.
A reunião foi produtiva em minha opinião, mesmo tendo muito a melhorar.
Hoje teremos reunião no Riacho Fundo II e amanhã na cidade do Varjão.
Saiba mais:

Reunião do conselho comunitário do Riacho Fundo – Surge um laboratório para a segurança pública do DF!