A Argentina ultrapassou 100 mil casos de novas infecções por coronavírus no domingo (12) enquanto luta para conter taxas crescentes no país, apesar de uma quarentena rigorosa imposta à capital Buenos Aires e a seus arredores.
O Ministério da Saúde informou que 2.657 novos casos confirmados da noite nas últimas 24 horas elevaram o total do país a 100.166.
A Argentina impôs uma quarentena rigorosa em meados de março para conter a pandemia e aliviou um pouco as restrições em maio, mas as restabeleceu no final de junho para Buenos Aires e arredores devido ao aumento nos casos.
O número de mortes pela covid-19 na Argentina chegou a 1.845, um índice muito distante dos 71.469 registrados no Brasil até domingo e dos 11.682 no Peru.
Os casos confirmados chegaram a quatro dígitos por dia no início de junho e atingiram ao menos 3.000 nos últimos quatro dias.
Carla Vizzotti, vice-ministra da Saúde, disse que a quarentena será mantida enquanto os hospitais continuarem a encher.
“O que queremos fazer é diminuir a transmissão do vírus e ganhar mais tempo para que o serviço de saúde possa responder”, afirmou ela.
Mauro Grossman, médico do Hospital Ezeiza, em Buenos Aires, disse à Reuters que acredita que o pico da doença está se aproximando. “Acreditamos que esse pico atingirá o platô e não cairá por um tempo”, afirmou. “Esta é a coisa mais perigosa, estar no pico por um longo tempo, é isso que fará os leitos se encherem muito mais rapidamente e os leitos de terapia intensiva ficarem rapidamente ocupados.”
Cerca de 13 milhões de infecções pelo coronavírus foram confirmadas em todo o mundo e ao menos 568.500 pessoas morreram, segundo uma contagem da Reuters.
O coronavírus também atingiu fortemente a economia argentina, que entrava no terceiro ano de recessão, em uma época em que o país busca reestruturar 65 bilhões de dólares em dívidas.