A Petrobras reiterou, nesta quinta-feira (16), que suspendeu a comercialização de um lote de gasolina de aviação que estaria com composição diferente. Nos últimos dias, houve denúncia de aviadores de que a gasolina estava causando corrosão de peças de aeronaves, colocando em risco a segurança do voo.
A gasolina de aviação é usada apenas em aeronaves de pequeno porte, diferentemente do combustível de grandes aviões, que são abastecidos com querosene. Segundo a Petrobras, a gasolina importada pela companhia atende a todos os requisitos da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Segundo a estatal, o produto tem a qualidade reanalisada em seus laboratórios antes da venda.
“O lote analisado pela Petrobras não apresenta adulteração, apenas uma composição diferente das cargas anteriores em relação aos tipos de hidrocarbonetos. Não há comprovação de que existe relação de causa e efeito entre os eventos recentemente reportados em aeronaves e o lote importado pela Petrobras. Ainda assim, preventivamente, a companhia decidiu suspender a comercialização do lote, assim como irá aceitar devolução, pelas companhias distribuidoras, dos volumes comercializados”, informou a companhia em nota.
De acordo com a Petrobras, o lote analisado foi importado diretamente de um refinador tradicional no mercado norte-americano. “Este refinador confirmou que a especificação do lote vendido à Petrobras é a mesma dos lotes vendidos para os aeroportos americanos. As áreas técnicas da Petrobras e do fornecedor estão em contato para as devidas providências.”