Nesta quarta-feira, a Polícia Militar do Distrito Federal recebeu 56 Bases Comunitárias Móveis para reforçar o policiamento nas regiões administrativas do DF. As bases funcionarão em veículos do tipo “van”, acompanhadas de duas motocicletas, um carro e oito policiais. O investimento foi de R$ 8,764 milhões.
Essas unidades terão uso intensivo nos grandes eventos, como na Copa do Mundo de 2014 e na Copa das Confederações, daqui a exato um mês.
Fonte: Da redação do clicabrasilia.com.br
Cada vez que vejo notícias falando sobre novas “modalidades” de policiamento fico empolgado, imaginando de que forma serão empregadas, se o efetivo é compatível, se os policiais da “base” estão envolvidos, se as outras modalidades ficaram comprometidas ou serão abandonadas, dentre outros questionamentos. Outro fator é que as AÇÕES de policiamento comunitário, se considerarmos que o objetivo do “POLICIAMENTO COMUNITÁRIO” é a aproximação entre a polícia e a comunidade, visando uma maior eficiência, eficácia e efetividade de tais ações, podem ser feitas em qualquer modalidade de policiamento.
O projeto de “postos policiais” previa inicialmente 300 (trezentos) postos, cada um contendo 16 (dezesseis) policiais, o que daria mais de 4 mil policiais por dia. Tiveram uma excelente ideia, mas esqueceram de analisar o principal: o efetivo disponível diariamente, além daquele ligado a outras atividades que podem parar, caso não tenhamos efetivo disponível. O projeto atual de Bases comunitárias móveis necessitará de aproximadamente 448 (quatrocentos e quarenta e oito) policiais dia para atender a demanda (56×8=448). E as outras modalidades? Quantos policiais serão necessários no POG? Quantos policiais serão necessários nas viaturas? Quantos policiais serão necessários para o atendimento interno (expediente) e nas unidades especializadas?
As bases comunitárias de segurança pública são complementares a todas as outras modalidades. Um ponto que ninguém toca é que precisamos discutir URGENTEMENTE o AUMENTO REAL de NOSSO EFETIVO. O Distrito Federal cresceu, mas o efetivo não. Focamos em redistribuir nossas vagas internamente para dar fluidez as nossas promoções, nada mais justo, a fonte secou, agora precisamos de outra alternativa, de preferência que atenda as nossas demandas e as da comunidade.
Em São Paulo existe um método interessante para calcularmos o efetivo necessário para atender a determinadas demandas. Há alguns anos, quando discuti o tema aqui no blog, verifiquei que o efetivo ideal para o Distrito Federal orbitaria entre 23 (vinte mil) e 26 (vinte seis) mil policiais ostensivos. O aumento real de efetivo daria fluidez aos quadros e facilitaria a distribuição do efetivo no território. Precisamos avançar!