Todos os estudantes brasileiros voltaram com medalhas, sendo três de ouro e uma de prata, na competição na Espanha, entre 4 e 8 de setembro



Da esquerda para a direita: Edilton Rodrigues, coordenador estadual da OBB em Sergipe; os alunos João Pedro, Iara, Clara e Alexandre; e Andrea Borrego, pesquisadora do Butantan

Quatro estudantes capacitados no Instituto Butantan receberam medalhas de ouro e de prata durante a XVI Olimpíada Iberoamericana de Biologia (OIAB), finalizada na última sexta (8) em Madri, na Espanha.

Foram medalhistas de ouro os alunos Alexandre Andrade De Almeida (Colégio Objetivo), Clara Nakata De Carvalho (Colégio Etapa) e Iara Vieira Vitarelli (Colégio Etapa), que se destacam por ainda estarem no segundo ano do ensino médio. João Pedro Albuquerque Damasceno (Anexo I do Colégio Da Polícia Militar Petrolina), único brasileiro estudante de escola pública da competição, conquistou a medalha de prata.

Alexandre, um dos medalhistas de ouro, faz parte do Cientista Mirim, programa idealizado pela Escola Superior do Instituto Butantan (ESIB) que tem como objetivo fomentar a vocação científica de adolescentes a partir de aulas teóricas e práticas nos laboratórios do Instituto.

Todos os alunos participantes da OIAB já haviam recebido medalha de ouro na 19ª Olimpíada Brasileira de Biologia (OBB), coordenada pela pesquisadora do Butantan Sônia Andrade. A prova nacional foi aplicada entre março e abril deste ano e permitiu que os melhores colocados fossem escalados para uma capacitação no Butantan. Essa preparação durou uma semana e reuniu 14 estudantes do ensino médio.

A OBB é apoiada pela Finep, Centro de Excelência para Descoberta de Novos Alvos Moleculares (CENTD), Centro de Toxinas, Resposta-imune e Sinalização Celular (CeTICS), FAPESP, ESIB, Fundação Butantan, Governo do Estado de São Paulo, CNPq, Ministério da Ciência Tecnologia e Inovações, Ministério da Educação e Governo Federal do Brasil.

Na capacitação, os jovens foram submetidos a atividades e provas, teóricas e práticas, elaboradas pela equipe do Butantan. Ao final, precisaram realizar uma prova classificatória para a Olimpíada Internacional de Biologia (IBO) e a OIAB. Os oito melhores classificados foram divididos entre as duas competições.

A IBO aconteceu em julho de 2023 nos Emirados Árabes Unidos. Na competição internacional, a mais importante da área, dois estudantes capacitados pelo Butantan receberam medalhas de bronze.

Experiência única

Os alunos não viajam sozinhos nessas olimpíadas. Na Iberoamericana, eles foram acompanhados pela pesquisadora do Butantan Andrea Borrego. “A capacitação de estudantes por uma instituição científica renomada atrai mais e mais jovens talentos, que por consequência estudam ainda mais e incentivam outros alunos, gerando um ciclo promotor de conhecimento científico”, afirma.

Essa não é a única vantagem. Segundo Andrea, as competições proporcionam uma experiência única, que contempla conhecimento em biologia, vivência cultural e novas perspectivas educacionais, como o ingresso nas melhores universidades brasileiras e internacionais por meio de vagas olímpicas.

Tanto as olimpíadas brasileiras de conhecimento quanto as internacionais abrem portas para os estudantes. Isso porque algumas instituições já permitem o ingresso de candidatos medalhistas sem a necessidade de vestibular, como é o caso da Universidade de São Paulo (USP), Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Universidade Estadual Paulista (Unesp), Universidade Federal do ABC (UFABC) e Federal de Itajubá (UNIFEI).

Fonte: Governo do Estado de São Paulo