Ontem estive na assembléia de nossa categoria e logo ao sair de lá escrevi o texto abaixo. Li vários jornais, vi vários noticiários e conversei com vários companheiros e percebi que cada um entendeu algo diferente. A mídia manipulou a informação, mas vários companheiros, inclusive as lideranças estão entrando em contradições. Uma hora dão a entender que houve suspensão da “operação tartaruga” outra hora dão a entender que ela continua. Precisamos de clareza em nossas ações.  Um líder deve saber para onde está indo e para onde está levando seus liderados. Precisamos de objetividade.
Creio que o problema esteja na palavra “MOVIMENTO”, pois ocorreram duas votações:
1) Uma para sabermos se o MOVIMENTO REIVINDICATÓRIO continuaria, ou seja, se teríamos outras assembléias e se continuaríamos com as negociações;
2) Outra para sabermos se a “OPERAÇÃO TARTARUGA” seria suspensa por um prazo de trinta dias. Houve muita confusão onde a base pedia um prazo menor (de quinze dias) e as lideranças foram negociando, até chegar ao prazo de vinte dias de SUSPENSÇÃO da “operação tartaruga” e a volta a normalidade dos trabalhos com arrocho total para reduzir a criminalidade.
Muitos companheiros que não estiveram na assembléia e leram apenas o Correio Braziliense estão reproduzindo a idéia de que a operação não acabou. Creio que devamos SUSPENDER A OPERAÇÃO TARTARUGA por esse período para analisarmos o novo cenário, mas permanecermos MOBILIZADOS e atentos sempre. Mudaram as regras e consequentemente o cenário com a nomeação de um novo comandante e as vários denúncias contra o governo. É hora de cautela e inteligência. O novo comandante-geral é mais articulado e se coloca como um protagonista no processo de negociação da categoria. Precisamos do apoio institucional. Suas entrevistas tem mostrado sua capacidade, personalidade forte e posicionamento diante dos fatos. Vejo de forma positiva.
Acredito que durante esses vinte dias poderemos fazer a diferença em nossa comunidade. As tropas “especializadas” podem mostrar seu valor e motivar momentâneamente os outros companheiros, os oficiais de dia podem fazer a diferença ao liberar o policiamento mostrando a importância de trabalharmos com afinco durante este período. Podemos mostrar que fazemos a diferença em nossa sociedade. Ou poderemos cair em descrédito total ao perceberem que o aumento dos índices de criminalidade estão ligados a outros fatores e não a nossa operação. Depende de nós! Precisamos ser cooperadores neste processo. Em tese não temos nada a perder dando um voto de confiança as lideranças do movimento e ao nosso comando, mas temos muito a perder caso não falemos a mesma língua e descubram que não temos toda essa importância que dizemos que temos.
Em minha opinião precisamos de clareza em nossas ações, de cooperação e de objetividade por parte das lideranças. Precisamos falar a mesma língua. A unidade de comando é essencial neste momento. Não podemos esquecer que cada policial é um líder em potencial. Liderar é influenciar. Vamos influenciar os companheiros e a sociedade a cooperar nestes vinte dias. Cooperação é o segredo do sucesso!