Não há dúvida de que uma instituição reflete o seu líder (comandante). As PM´s espalhadas pelo Brasil demonstram claramente isso. Fico imaginando o “líder” de uma Corporação que não “valoriza” seus membros, que a estrutura física dos quartéis estão caindo aos pedaços, os banheiros nem preciso falar como estão, viaturas estão se deteriorando paradas por falta de cuidado, as coisas não avançam por falta de vontade e muitas vezes por falta de competência. Como dizem: do que clama o homem? Eu respondo: dos seus próprios erros. Perecemos por falta de liderança e por falta de conhecimento. Líder fraco, instituição fraca, liderados fracos. E quando falo de fraqueza não estou falando de “usar a força”, até porque ela sempre foi utilizada, estou falando de utilizar outras competências, tais como a inteligência e a sabedoria. Não valemos muitas vezes pelo que sabemos, valemos por aquilo que fazemos com o que sabemos. O que temos feito?
Estamos em uma instituição que tem aproximadamente 50 anos, em Brasília, mas diz que já passou dos duzentos. Em uma corporação onde em seu “hino” implorá-se para sermos amados: “NÓS QUEREMOS QUE A PÁTRIA NOS AME…”, em um lugar onde todos são “escravos”, mas alguns se acham “livres” e no “direito” de subjugar o próximo. Em meio a “falácias” e “desculpas” vamos vivendo nos achando “heróis” ao mesmo tempo em que nos “tornamos” cada vez mais “bandidos”. Aqui somos tratados como “animais”, pois somos “adestrados” e fazemos parte de uma “tropa”. Um lugar onde não podemos ter uma visão periférica, não podemos ver a luz, pois vivemos em uma caverna.
Recentemente em nossa instituição foi criado o Instituto de Ciências Policiais, o “primeiro” do Brasil. Neste lugar temos mestres e doutores. Um deles por sinal para fazer seu doutorado no Equador foi humilhado, ameaçado de ser expulso e ainda teve sua promoção atrasada. Hoje está lá tentando construir algo melhor para nossa corporação. Somos abnegados a tal ponto. Perdoamos nossos algozes em prol de nossa coletividade.
Uma grande instituição foca em seu maior patrimônio: AS PESSOAS. Aqui elas são “descartáveis”. O maior capital de uma empresa é o CAPITAL INTELECTUAL. Aqui as coisas são mais importante que as pessoas. Em um acidente uma vez a primeira pergunta que me fizeram foi: e a viatura? Estragou muito? Tinha colega com suspeita de fratura na “costela”.
Aqui prioriza-se quem está indo embora. São eles que fazem os melhores cursos, os mais caros, pois são os mais antigos e merecem ser bem tratados. Milhões em contratos com instituições para “qualificar” nosso efetivo, fantástico. Hoje precisamos de especialistas, mestres e doutores. Desde que haja um “contrato” de milhões ou que a pessoa “se vire” para fazer por conta.
Em instituições sérias seus membros são mandados para o exterior para se capacitar e posteriormente repassar tais conhecimentos aos demais. Aqui é mais fácil mandar time de futebol de algum quartel para as “ilhas canárias” do que dar a carta de alforria temporária para alguém estudar fora ou até mesmo para fazer o encerramento de um curso na cidade de “Bonito”. Curso? Curso para quê? “Não precisamos de cursos de aperfeiçoamento nem de praças de nem de oficiais. Não precisamos de cursos para nossos policiais. Eles são altamente qualificados, ganham o melhor salário do país e são altamente motivados. Que lugar é este? Aqui quando alguém passa em um Mestrado no exterior por exemplo, o primeiro recado é: Você tem algum peixe? Se tiver corre atrás! Ou porque você não entra de licença para tratar de interesse particular? Ou licença para tratar de pessoa da família? Vai empurrando até quando der”…”Eu já fiz isso”, diz um dos “chefes”…
Um lugar de mentiras, vive de mentiras, quem faz o certo é como alguém que viu a luz fora da caverna. Que lugar é este?
Uma instituição reflete seu líder (comandante). Líderes fracos, instituições fracas!
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