A tentativa de desqualificá-la por expressar alegria, fé e identidade cultural revela mais sobre quem ataca do que sobre quem é atacada. Para uma certa esquerda, só é legítima a mulher que obedece a um roteiro ideológico: não pode cantar sertanejo, não pode dialogar com evangélicos, não pode ser popular, não pode ser livre.
Celina respondeu do melhor jeito possível: cantando. Não pediu desculpas, não se encolheu, não recuou. Cantou porque governa com o povo, vive a cultura do povo e entende que política não é uma bolha acadêmica — é vida real.
A hipocrisia é evidente. Os mesmos que se dizem defensores da liberdade querem impor comportamentos, gostos e crenças. Falam em diversidade, mas não toleram quem foge do seu padrão. Defendem a democracia, mas tentam censurar manifestações culturais e religiosas que não controlam.
Celina incomoda porque é autêntica. Porque transita entre diferentes segmentos. Porque respeita os evangélicos sem demonizá-los. Porque canta sertanejo sem pedir autorização a ninguém. Porque é uma mulher que ocupa espaços de poder sem se submeter ao moralismo seletivo da esquerda.
Liberdade é isso: poder governar com competência, celebrar com o povo e manter convicções sem precisar se explicar a quem nunca aceitou perder o monopólio da “virtude”.
Celina canta. Trabalha. Governa. E segue em frente — enquanto seus críticos seguem presos à própria incoerência.
