“É preciso que a comunidade colabore. Normalmente, já temos o apoio do GDF Presente, que nos ajuda com os caminhões deles, e, nessa semana, em especial, temos o apoio do SLU para conscientizar a população. Se cada um cuidar do seu lixo, não teremos boca de lobo entupida e não teremos doença em decorrência da quantidade de lixo descartado irregularmente” – Marcus Cotrim, administrador do Itapoã
Três mil moradores do Itapoã estão sendo ajudados por ações do GDF Presente com o intuito de retirar entulhos e lixo jogados em locais inadequados. Os serviços são realizados, principalmente, em áreas entre o campo sintético da Quadra 2 do Del Lago e Itapoã Parque e na chamada Avenida da Anatel.
Entupimentos de bueiros e de bocas-de-lobo; calçadas e meios-fios danificados e o surgimento de focos de doenças são os principais danos que o descarte irregular causa para a cidade e a quem mora nela. “Diariamente, nós retiramos 60 toneladas de entulho, inservíveis e às vezes até lixo comum, com ajuda de funcionários do Serviço de Limpeza Urbana (SLU). É preciso que a comunidade colabore. Normalmente, já temos o apoio do GDF Presente, que nos ajuda com os caminhões deles, e, nessa semana, em especial, temos o apoio do SLU para conscientizar a população. Se cada um cuidar do seu lixo, não teremos boca de lobo entupida e não teremos doença em decorrência da quantidade de lixo descartado irregularmente”, declarou o administrador do Itapoã, Marcus Cotrim.
“O custo total dessas duas ações não vai ser alto, mas poderia ser evitado. Se alguns tivessem mais consciência, não teríamos nenhum gasto para corrigir esses problemas”, salientou José de Anchieta Pereira Rodrigues, gerente de Manutenção e Conservação da Administração Regional do Itapoã.
A respeito das ações do GDF Presente, Anchieta explicou a situação de cada uma delas. “Colocamos três manilhas no alambrado que separa o Itapoã Parque do campo sintético para evitar que jogassem tanto lixo no local. Mas, mesmo assim, jogaram em tão grande quantidade que acabou provocando estragos. Então, retiramos o entulho como uma reação de urgência mas, na próxima semana, vamos fazer uma ação intensa, utilizando piquetes para ver se resistem mais a possíveis novos descartes irresponsáveis”, disse Anchieta, lembrando que a retirada de entulhos foi realizada com o apoio de quatro reeducandos da Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso (Funap), órgão vinculado à Secretaria de Justiça e Cidadania do DF.
Já na força-tarefa realizada na Avenida da Anatel, houve a ajuda direta de seis pessoas, sendo quatro reeducandos e dois servidores, um deles manobrando o trator utilizado no recolhimento dos lixos e entulhos descartados.
Seguindo a linha do administrador regional Marcus Cotrim, o técnico em informática, Flavio Cesar, 41 anos, morador da região, lamenta a falta de consciência das pessoas e mostra preocupação. “Acredito que, pela falta de noção, as pessoas não conseguem associar os prejuízos. Mas a sujeira é demasiadamente grande: obstrução do passeio público, poluição visual e, acredito, o maior de todos é a proliferação de doenças por roedores e pragas em geral. Até mesmo a dengue pode ser uma consequência que atinge a saúde pública”, lamentou Flavio Cesar.
O técnico em informática ressalta que o GDF Presente faz a sua parte, mas precisa de mais consciência de parte da população. “A coleta de entulho e lixo descartados irregularmente é um trabalho contínuo da Administração Regional do Itapoã. Isso pode ocorrer, seja recebendo demandas da ouvidoria, por meio de solicitações dos cidadãos diretamente ou por fiscalização e constatação dos servidores da própria Administração Regional”, completou o morador.
Petronilo Oliveira, da Agência Brasília | Edição: Saulo Moreno