Em um trabalho conjunto da administração regional e Novacap, as máquinas do governo recuperam diariamente as vias do Sol Nascente e Pôr do Sol. Em época de fortes chuvas, o serviço de terraplanagem e nivelamento nas estradas de chão e a recuperação asfáltica em vários trechos da cidade são um alento para a população local. Em regiões carentes como o Cachoeirinha, no trecho 3, e em chácaras do Pôr do Sol, já são 6 km de vias rurais renovadas.
“Esse serviço é de grande valia, porque melhora a segurança das crianças que levamos. E também para evitar prejuízo com os veículos. Não é barato arrumar carro hoje em dia ”, opina a motorista de van Natalia Menezes
A cerca de 500 metros do Centro de Educação da Primeira Infância (Cepi) Jandaia, nas quadras 700 do Pôr do Sol, há um trecho longo que ainda não recebeu a pavimentação asfáltica. Mãe de uma menina de 3 anos, aluna da creche, Andreia Bispo, 39 anos, aponta as dificuldades. “Com esse serviço de terraplanagem, a gente já percebe que melhora um pouco. Eles eliminam as poças d’água” , diz ela, que reside na chácara 76.
A opinião é compartilhada pela motorista de van Natalia Menezes, 40 anos, responsável pelo transporte de 50 crianças da região. “Esse serviço é de grande valia, porque melhora a segurança das crianças que levamos. E também para evitar prejuízo com os veículos. Não é barato arrumar carro hoje em dia”, ressalta a moça. Um dos colégios atendidos pela motorista é o Centro de Ensino Fundamental (CEF) 32.
Com o uso de cerca de 200 toneladas de expurgo de brita (material empregado para dar firmeza ao solo), o trajeto foi assentado e nivelado. “Peitos de pombo”, espécie de quebra-molas feitos no solo, também foram levantados para conter a enxurrada. A chácara 84, ali próximo, também foi atendida. São cerca de 3,5 km de pista sinuosa melhorados por uma equipe de 19 homens da Novacap e da administração.
No Cachoeirinha, mais 2,5 km recuperados
A cerca de 5 km dali, no Bairro Cachoeirinha, trecho 3 do Sol Nascente, a grande quantidade de água pluvial que desce da vizinha Ceilândia também fez estragos. Erosões enormes abertas nas vias internas estão sendo corrigidas, num trecho de 2,5 km.
Cerca de 250 famílias residem no local, entre elas a de Valdemar Pontes (47), copeiro. “Enquanto o asfalto não vem, é o serviço que tem de ser feito. As chuvas estragam muito a região. E, assim, agradecemos o governo por não esquecer de cuidar daqui”, frisa o senhor.
“Estava impossível o tráfego de veículos, inclusive viaturas da polícia, do Corpo de Bombeiros e caminhões de coleta de lixo”, explica o diretor de obras da administração, Cairo Vaz. Atualmente, a cidade tem um total de 160 mil habitantes.
Licitações para a continuidade das obras
“Há uma licitação que foi suspensa pelo Tribunal de Contas para ajustes no edital. Elas darão continuidade às obras do trecho 3 do Sol Nascente e, nesse pacote, está o asfaltamento”, explica o administrador Cláudio Ferreira. “Enquanto ela não sai, temos que agir rápido para reduzir os danos para a comunidade”, emenda. O prosseguimento das reformas no trecho 1 também foi suspenso e depende de análise do tribunal.
Como reconhece o morador do Cachoeirinha, Valdemar Pontes, as benfeitorias do GDF estão chegando à RA. Nas licitações que se encaminham, há um investimento previsto de cerca de R$ 180 milhões em ambos os trechos. Obras que contemplarão serviços de drenagem, pavimentação, sinalização, calçadas, aberturas de bocas de lobo e reparos nas bacias de detenção.
A Secretaria de Obras informa que todos os questionamentos feitos pelo TCDF foram respondidos. Algumas sugestões foram acatadas, como modificações no edital e no termo de referência. Agora, o governo aguarda decisão do tribunal para dar continuidade à licitação dos dois trechos. “Nosso compromisso é fazer essas obras”, garante o secretário, Luciano Carvalho.
Rafael Secunho e Catarina Lima, da Agência Brasília | Edição: Saulo Moreno