Por Da Redação
O pré-candidato ao Governo do Distrito Federal pelo PSB, Ricardo Cappelli, protagonizou mais um episódio lamentável na política local: espalhou desinformação em Santa Luzia e na Estrutural ao distribuir panfletos com conteúdo enganoso, atribuindo exclusivamente ao presidente Lula os investimentos nas obras de saneamento das regiões.
Apresentando-se de forma dúbia, como se fosse morador local, Cappelli tentou colar sua imagem à população mais vulnerável, enquanto omitia a realidade: os R$ 80 milhões anunciados para Santa Luzia fazem parte de um contrato de R$ 260 milhões, que reúne recursos federais e estaduais, com execução a cargo da Caesb e outros órgãos do GDF. Ou seja, não se trata de um “presente” de Lula, mas de uma ação conjunta que o governador Ibaneis Rocha priorizou desde 2023.
A estratégia de Cappelli foi clara: tentar se apropriar de conquistas que não lhe pertencem para alavancar sua pré-campanha. O caso repercutiu mal. Não apenas desgastou sua imagem, como também gerou desconforto no PT-DF, partido que vê o PSB como aliado, mas teme os reflexos negativos dessa postura oportunista.
Mesmo tentando se justificar nas redes sociais — dizendo que apenas “esclareceu a origem dos recursos” — Cappelli acabou desmascarado. Sua tentativa de manipular a narrativa para ganhar o “voto fácil” revela o desespero de quem ainda não conquistou a confiança da população, mas já aposta no populismo barato.
Vale lembrar que essa não é a primeira vez que Cappelli apela para estratégias duvidosas. Em janeiro, foi duramente criticado pela vice-governadora Celina Leão, após mudar-se temporariamente para o Sol Nascente numa jogada de marketing eleitoral.
Cappelli aparece com apenas 5,4% nas pesquisas de intenção de voto (Paraná Pesquisas, março). Com atitudes como essa, não é difícil entender o motivo.
A mentira de Cappelli é mais do que um erro de estratégia: é um desrespeito à inteligência do povo do Distrito Federal.