Referência no Centro-Oeste, o Serviço Multidisciplinar de Atendimento a Fissurados do Hospital Regional da Asa Norte (Hran) já realizou mais de 30 cirurgias corretivas apenas em setembro. Para comemorar tanto o Dia Mundial do Sorriso, como o Dia das Crianças, o hospital reuniu mais de 80 pacientes atendidos e seus familiares.

Ver outros pais com crianças recuperadas da fissura labiopalatina, podendo falar, se alimentar, ouvir e sorrir normalmente foi um alento para a servidora pública Jaína Mota, 35 anos. “A gente se sente muito mais tranquila”, conta a mãe de Jhonny, de 7 meses. O pai do menino, o militar André Siebra, 42 anos, ressalta a qualidade do atendimento recebido até agora: “Vimos aqui que há um tratamento sério e que nosso filho pode ter uma ótima qualidade de vida”.

Força-tarefa

A família de Jhonny chegou ao Hran em uma fase propícia: em setembro, foi iniciada na unidade uma força-tarefa de cirurgias corretivas em pacientes com fissura labiopalatina. Até o momento, são 35 procedimentos. O objetivo da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) é dar assistência a mais de 320 pessoas com a malformação.

Uma das crianças já beneficiadas pela empreitada é Davi Nunes, de 2 anos. Quem vê a alegria do menino nem imagina que há uma semana ele estava na mesa de cirurgia para o procedimento no palato. “Desde que nasceu, meu filho só podia ter alimentação líquida. Agora vai conseguir ter uma vida melhor”, diz a mãe, Juliana Nunes, 37 anos.

Recuperado, Davi passará a ter uma rotina de acompanhamento periódico com a equipe do Serviço Multidisciplinar de Atendimento a Fissurados do Hran. Atualmente, mais de dois mil pacientes são acompanhados, entre os que vão semanalmente e os que já não enfrentam mais desafios na rotina. Para atender a demanda de consultas e realizar cirurgias, são mais de 20 servidores, entre cirurgiões, pediatras, odontólogos, nutricionistas, assistentes sociais e servidores da área de enfermagem.

Para o coordenador do serviço, o cirurgião plástico Marconi Delmiro, o impacto na vida dos pacientes é o ápice de sua profissão. “É gratificante saber que fiz a diferença na vida deles, retribuindo ao país a formação que tive”, conta.

A realização em poder ajudar também motiva a voluntária Fátima Blatt. “As pessoas chegam aqui perdidas, mas o atendimento é muito humanizado. Poder ajudá-las não tem preço”.

*Com informações da SES-DF

 

Fonte: Agência Brasília