Nesta terça-feira (24/03), o presidente da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF), Alessandro Dantas; o secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), Gilvam Máximo; e a reitora da Universidade de Brasília (UnB), Márcia Abrahão, fizem reunião on-line para alinhar parcerias estratégicas para o combate ao novo coronavírus (Covid-19).
Entre as ações discutidas, a oferta, ao Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-DF), de cinco máquinas de testagem para auxiliar no diagnóstico da doença. Quatro das máquinas estão hoje alocadas no Instituto de Ciências Biológicas (IB) e uma na Faculdade UnB Ceilândia (FCE).
Outra possibilidade é a produção de álcool em gel em larga escala pela farmácia-escola do Hospital Universitário (HUB). Há, ainda, proposta para a fabricação de máscaras e para a implantação de salas de situação em 100 localidades do DF e do Entorno, entre outras.
Para o presidente da FAPDF, em momentos de crise é preciso valorizar e utilizar ainda mais o conhecimento produzido pelas universidades. “Diante de uma pandemia, é imprescindível atuar de forma integrada e apoiar cada vez mais o desenvolvimento das capacidades criativas e técnicas da comunidade acadêmica para encontrar maneiras seguras e efetivas para lidar com os desafios atuais”, afirmou Alessandro Dantas.
É exatamente o alto potencial da UnB para atuar no enfrentamento do Covid-19 que a reitora da UnB, Márcia Abrahão, destaca. “A UnB tem grande capacidade de dar apoio ao GDF e à sociedade para superarmos esta pandemia. Temos pesquisadores de alto nível e máquinas que podem ajudar enormemente os gestores públicos. Nossos estudantes também estão muito motivados para colocar em prática o conhecimento que já adquiriram”.
Outras iniciativas
A Reitoria da Universidade criou, na última segunda-feira (23/03), o Comitê de Pesquisa, Inovação e Extensão de Combate à Covid-19, presidido pela decana em exercício do decanato de pesquisa e inovação (DPI), Cláudia Amorim – com participantes de 14 unidades da instituição.
A Universidade ficou de apresentar à FAPDF até a próxima quarta-feira (1) uma lista de projetos prioritários. “O Comitê irá fazer uma chamada interna de projetos e, com isso, vamos prospectar iniciativas que podem incluir parceiros externos à UnB”, pontuou a Cláudia Amorim, que também participou da conversa com Secti e FAPDF.
Ficou acertado que a Secretaria de Saúde do DF, provavelmente por meio de representantes do Lacen, e o HUB serão convidados para analisar e priorizar os projetos da UnB a serem encaminhados à Fundação de Apoio.
Outra instituição com quem a Universidade de Brasília deve firmar parceria institucional é a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Em ofício enviado à administração da UnB na última sexta-feira, a instituição propõe a criação de uma Unidade de Inteligência Cooperativa para enfrentamento da Covid-19. “Este é um momento em que gestores públicos e institutos de pesquisa precisam estar de mãos dadas. Somente com a colaboração de todos vamos conseguir enfrentar adequadamente o difícil cenário posto pelo vírus”, afirmou a reitora Márcia Abrahão.
Recentemente, a UnB encaminhou ao Ministério da Educação propostas com foco no combate à pandemia de Covid-19. A instituição aguarda, agora, retorno quanto ao repasse de recursos e orçamento para a viabilização dos projetos.
* Com informações da FAP-DF e UnB