A segurança pública no Distrito Federal passa por um processo de adaptação. Cinquenta anos é pouco tempo quando se fala em evolução. Durante esse período vivemos sob o Comandando dos Generais e dos Coronéis do Exército, passamos um breve período nas mãos de sociólogos e juristas, atualmente estamos vivendo a fase dos delegados de polícia, o que particularmente vejo com bons olhos.
Um bom comparativo para nós é o Rio de Janeiro. Somos claramente antagônicos e complementares. Ontem mesmo estava discutindo isso com um amigo doutorando do Rio de Janeiro (UFRJ), que sempre me auxilia em minhas angústias acadêmicas. Tivemos nossas origens na Polícia do Rio de Janeiro, ainda temos muita “carga” dessa formação. Muitos de nossos policiais da ativa ainda estão intimamente ligados a polícia carioca. Lá, a experiência de delegado da Polícia Federal no comandando da Secretaria de Segurança Pública está dando certo. Aqui pode surtir o mesmo efeito.
Hoje vi uma entrevista do novo Secretário de Segurança Pública do DF, ex-adido da Polícia Federal em Bogotá, ele falou sobre a instalação de mais 14 (quatorze) Postos Comunitários de Segurança e a mudança de paradigma na atuação comunitária. Explanou sobre a “despolitização” da polícia civil e a necessidade de uma resposta rápida a comunidade.
Sempre questionei o papel passivo da Secretaria de Segurança em nossa cidade. O secretário deve assumir seu papel de “comandante” das forças policiais, já que é facultado ao Governador delegar essa competência a ele. Precisamos de uma unidade de comando. Não dá mais para a polícia militar seguir um caminho e a polícia civil outro. Precisamos seguir em uma mesma direção. É responsabilidade da Secretaria de Segurança Pública nos mostrar esse caminho, pois ela é a responsável por PENSAR as políticas de segurança pública para nossa cidade.
Outro ponto interessante foi o posicionamento de que o crime é multicausal e que  o combate será multifocal. É de suma importância as parcerias com as demais Secretarias de Estado (Principalmente SEDEST, Secretaria de Juventude e Secretaria de Trabalho). O Rio de Janeiro está “revolucionando” com as UPP´s “policiais” e as UPP´s “sociais”, uma parceria entre a Secretaria de Segurança Pública e a Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos do Governo do Estado do Rio de Janeiro. Esse é o caminho!
Seguindo o pensamento do novo secretário, uma alternativa seria a criação de Mini-delegacias e a ampliação do TERMO CIRCUNSTANCIADO. Assunto debatido aqui no Policiamento Inteligente em outra ocasião. Prenvenção e Repressão de mãos dadas! Seriam mais 125 pontos de prevenção (atuação antes do crime) e repressão (atuação posterior ao crime) em nossa cidade. É reduzindo o espaço de atuação dos criminosos que iremos reduzir os índices de criminalidade em nossa cidade!
Quem vai a um POSTO COMUNITÁRIO ESPERA UMA RESPOSTA!
QUE RESPOSTA ESTAMOS DANDO HOJE?
Tecnologia é importante, mas o bom atendimento prestado pelo homem de frente deve vir em primeiro lugar. Deve-se investir no HOMEM, somente depois nos EQUIPAMENTOS, pois é o primeiro que opera o segundo…
O projeto necessita ser aperfeiçoado! Seu custo foi muito alto para ser abandonado! Os projetos e as políticas de segurança pública devem ter continuidade…

http://aderivaldo23.wordpress.com/2010/03/13/desafio-aos-nossos-candidatos-para-as-proximas-eleicoes/