'Patente de general na PM é fake', diz ex-comandante-geral sobre decreto de Witzel

Em suas redes sociais o Governador do Rio de Janeiro, Witzel, fez o seguinte comentário:

“Os oficiais generais são homens que são escolhidos entre seus pares, porque representam aquilo que é de mais importante numa doutrina militar. Eles são líderes. Promovi ao posto de oficial general do corpo de bombeiros militar, o Cel. Robadey, e oficial general da policial militar, o Cel. Figueredo. Neste ato venho reparar um equívoco de não se ter dado a devida atenção a necessidade de termos, na polícia militar e no corpo de bombeiros, oficiais generais.”

Ex-comandante-geral da Polícia Militar, o coronel Ubiratan Ângelo criticou a medida. Para o ex-chefe da corporação, o novo posto é uma “ilusão que não condiz com a realidade dos fatos”.

— À luz da hierarquia, esses “generais” continuarão sendo coronéis. General é uma patente destinada a oficiais das Forças Armadas. Aí eu me pergunto: como um general das Forças Armadas vai se dirigir a um “general” da Polícia Militar? Vai se referir a ele como coronel ou general? Certamente, como coronel. Essa patente “fake” de general na PM pode até criar um mal-estar institucional — avaliou Ubiratan.

Segundo o coronel reformado, a criação da patente esbarra ainda na questão legal, uma vez que apenas a União poderia legislar sobre o tema:

— Criar um título honorífico é uma coisa. Criar uma função honorífica, como “general”, é outra. Isso não existe.

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Com informações Jornal Extra