Ontem fui abordado por um amigo sargento e depois por outros amigos que estão cursando o TECSop (Tecnólogo em Segurança Pública) e uma pergunta difícil me foi feita:
“Quais os critérios para a instalação de um posto comunitário? Onde eu poderia instalá-lo?”
Aquela pergunta deu-me um “branco”. Imagine uma pergunta dessas para alguém, que “a maioria” julga saber “alguma” coisa sobre o tema?
Querendo dar uma resposta rápida e sem querer dizer que não sabia, falei em:
1 – Lugar de risco;
2 – Incidência criminal;
3 – Fluxo de pessoas;
Cheguei a pegar um papel e tentei desenhar uma suposta área e o porque colocar um posto naquela localidade, já utilizando as variáveis acima. Estava meio atordoado com a pergunta…(rrsrs).
Percebi que deve ser assim que nossos comandantes se sentiram quando “receberam a ordem” para implantar os postos…
Em casa, refletindo sobre o que aprendi, no que se refere ao policiamento comunitário, cheguei a conclusão que não caberia a polícia tal decisão. Não posso afirmar que é certo ou errado o que estou dizendo, mas deveriam ser realizadas reuniões setorizadas e os próprios moradores deveriam definir os pontos prioritários. Como era feito no “orçamento participativo” em outrora em nossa cidade, quando moradores eram eleitos delegados e elegiam as prioridades de investimento dentro das comunidades.
Quando se fala em fluxo de pessoas, incidência criminal e local de risco podemos cometer erros como os atuais, pois a “estatística” que temos não reflete a realidade das comunidades, a grande maioria dos “crimes” não é registrada. Basta cruzar os dados da PM com os da PC para verificarmos isso…Com essa atitude, “empoderamos” e responsabilizamos o cidadão. O que é essencial nas democracias modernas!
Ontem percebi o quanto preciso aprender e o quão difícil é ser um “gestor de segurança pública”. Percebi também como está sendo importante o TECSop na vida dos policiais que o estão cursando!