O Governo de Goiás, por meio da Polícia Penal de Goiás, lançou nesta segunda-feira, 15/03, o Inquérito Epidemiológico e Clínico da instituição para o mapeamento e ampliação da prevenção da COVID-19 entre os servidores penitenciários em Goiás. O lançamento ocorreu em reunião presidida pelo Diretor-geral de Administração Penitenciária, Tenente-coronel Franz Rasmussen, no gabinete dele com os representantes das instituições parceiras na ação: a Universidade Federal de Goiás (UFG), a Vigilância de Saúde de Aparecida de Goiânia e as Secretarias Estadual de Saúde e de Aparecida de Goiânia. Na prática, o objetivo é avaliar de maneira sistematizada se os servidores tem algum sintoma característico da Covid-19 e realizar testes para Hepatite B e C, HIV e Sífilis. Serão avaliados no local de trabalho. A ação tem início nesta terça, 16/03, no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia.
A equipe que atuará neste trabalho é formada por profissionais da Gerência de Assistência Biopsicossocial da Polícia Penal, professores da Faculdade de Enfermagem da UFG e servidores da Secretaria Municipal de Saúde e Vigilância Epidemiológica de Aparecida de Goiânia. A meta é avaliar e testar aproximadamente dois mil servidores do Complexo, já de imediato. Posteriormente, a iniciativa será levada para as demais unidades do Estado.
O professor da Faculdade de Enfermagem da UFG, Marcos André de Matos, explica que os servidores que apresentarem algum sintoma respiratório ou algum sinal clínico de Covid-19 serão encaminhados para realização de testes RT-PCR. Caso o teste dê positivo, o servidor será encaminhado para uma teleconsulta e tratamento.
O mesmo procedimento será adotado para outras doenças comuns e de transmissão ocupacional. “Serão recolhidas amostras para realização de testes para diagnóstico de Hepatite B e C, HIV e Sífilis. Vamos realizar um mapeamento com a mesma proposta, onde faremos uma triagem, avaliação clínica e, caso o teste dê positivo, o servidor será encaminhado para tratamento”, conta o professor.
O gerente de Assistência Biopsicossocial da Polícia Penal de Goiás, Sandro e Souza e Silva, explica que a diferença entre a busca ativa de casos de Covid-19, que já é realizada pela instituição desde o início da pandemia, com a realização deste inquérito, é que esta ação vai resultar em um mapeamento completo do quadro clínico dos servidores. “Vamos monitorar os servidores no ambiente de trabalho e também diante da vida social, através de um questionário e aplicação dos testes”.
O Diretor-geral Tenente Coronel Franz Rasmussen informou que “o projeto prevê a criação de um ambulatório voltado para a saúde do servidor penitenciário, que vai receber o nome do policial penal Rodolfo Hidasi, que faleceu no último sábado, vítima da Covid-19”, disse. “Não sabemos de outro ambulatório voltado para o servidor penitenciário no país. O objetivo principal será cuidar da saúde dos servidores”, completou.
Os testes de Covid-19 que serão realizados na ação foram disponibilizados pela Secretaria Estadual de Saúde (SES) e os testes para diagnóstico de Hepatite B e C, HIV e Sífilis, assim como os insumos necessários, foram disponibilizados pela Vigilância Epidemiológica e a Faculdade de Enfermagem da UFG.
A ação soma a uma série de medidas que já foram adotadas pela Polícia Penal de Goiás, através do Comitê de Gerenciamento de Crise no Enfrentamento da Covid -19 no Sistema Penitenciário em Goiás para prevenir e controlar o número de casos da doença no sistema penitenciário goiano. Todas as iniciativas estão alinhadas com as diretrizes do Governo de Goiás, em consonância com a Secretaria de Segurança Pública.
Polícia Penal de Goiás
Comunicação Setorial