A Operação Anhanguera, deflagrada na última sexta-feira (23/07) pelas Secretarias de Segurança Pública de Goiás e do Distrito Federal, com o objetivo intensificar o policiamento e combater a criminalidade nas cidades do Entorno do Distrito Federal, contou com a participação da Polícia Penal de Goiás. Os policiais penais atuaram na revista das duas unidades prisionais de Águas Lindas e auxiliaram no recolhimento dos presos durante a operação.
Na sexta-feira, 30 policiais do Grupo de Operações Penitenciárias Especiais (Gope), 41 policiais penais de Goiás e 30 policiais da Diretoria Penitenciária de Operações Especiais (DPOE) fizeram uma revista geral no Presídio Estadual de Águas Lindas e não encontraram nenhum material ilícito. Foram utilizadas 16 viaturas operacionais, neste dia.
Já no sábado, dia 24/07, 30 policiais do Gope, 12 policiais penais de Goiás e 20 do DPOE revistaram a Unidade Prisional Regional (UPR) de Águas Lindas. Durante a ação, que contou com o apoio de 10 viaturas operacionais, foram apreendidos um aparelho celular, um chip, uma arma artesanal tipo “sucho” e papéis com anotações suspeitas.
O superintendente de Segurança Penitenciária da Diretoria Geral de Administração Penitenciária (DGAP), Leopoldo de Castro, conta que das 22 pessoas presas durante a operação, 18 estão em presídios da região. “Na medida que as prisões eram efetuadas, os presos eram encaminhados para Polícia Civil de Águas Lindas e nossas equipes já estavam disponíveis para transportá-los”, explica.
Para o diretor-geral de Administração Penitenciária, tenente-coronel Rasmussen, ações como a Operação Anhanguera são essenciais para combater o crime no Estado. “A integração das forças policiais é determinante para acabar com as facções criminosas e temos intensificado essas ações porque em Goiás não tem espaço para bandidagem”, ponderou e complementa: “No que depender da Polícia Penal continuaremos atuantes para diminuir os índices de violência nas cidades do Entorno”.
Balanço geral da operação
Segundo dados da Secretaria de Segurança Pública de Goiás, das 22 detenções, 11 foram decorrentes de Autos de Prisão em Flagrante (APF) e 11 do cumprimento de mandados judiciais de prisão. Foram realizados 13 Termos Circunstanciados de Ocorrência (TCOs), além da apreensão de três armas de fogo e de 15 veículos. As ações de fiscalização tiveram como alvo bares, casas noturnas, veículos e restaurantes, resultando em 87 Autos de Infração e 44 Autos de Infração de Trânsito.
Ao todo, foram mobilizados 550 agentes. Entre as forças envolvidas, estão as Polícias Militar, Civil, Técnico-Científica, Corpo de Bombeiros Militar e Sistema Prisional dos dois entes federativos. A ação contou também com apoio do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), com equipes da Polícia Rodoviária Federal e Polícia Federal.
A operação é a primeira de diversas que serão realizadas no entorno do Distrito Federal. O trabalho faz parte de um esforço conjunto, que ocorre desde 2019, para a implantação de novas estratégias de segurança voltadas especificamente para a região. “Não é o encerramento, mas sim o início. A institucionalização e o esforço conjunto das forças de segurança, em busca da paz e tranquilidade da população de Goiás e do DF”, destacou o titular da SSP-GO.
A ação reuniu as partes investigativas e de inteligência ao trabalho operacional. “Conseguimos capturar vários criminosos, autuar alguns também e quebrar teias criminosas que persistiam na região por falta de integração entre os órgãos”, pontuou. Ainda segundo Rodney Miranda, a maioria das detenções foi motivada pelo envolvimento com o tráfico de drogas. “Demos mais uma pancada nessas facções, que infelizmente atuam no Brasil todo, mas que aqui em Goiás e no DF nós temos conseguido enfraquecê-las cada vez mais. Prova disso são os bons resultados de redução da violência que nós alcançamos em Goiás e no DF”, ressaltou.
Diretoria Geral de Administração Penitenciária – DGAP
Com informações da Secretaria de Estado da Segurança Pública – SSP