No último final de semana a Operação Atena passou pelas últimas unidades prisionais de Goiás, de acordo com o cronograma inicial, e foi finalizada. Essa, que foi a maior operação realizada no sistema penitenciário do Estado, resultou na vistoria de 96 presídios com o objetivo de garantir a disciplina, ampliar a segurança e o combate à criminalidade nos estabelecimentos penitenciários goianos, além de promover também o reforço necessário no efetivo das unidades prisionais. No total, foram cumpridas 103 operações de intervenção e revista geral divididas em 36 ocasiões.

A Atena teve início no dia 01/10 e foi realizada em presídios de todas as nove Coordenações Regionais Prisionais (CRP) da Administração Penitenciária. Os procedimentos de vistorias foram realizados pelo efetivo padrão de servidores das respectivas unidades, mas também contaram com o suporte de policiais penais do Grupo de Intervenção Tática (GIT) e do Grupo de Operações Penitenciárias Especiais (GOPE). Os profissionais especializados contribuíram para a contenção de detentos e asseguraram a manutenção da ordem nas unidades enquanto as revistas estruturais eram desempenhadas.

Segundo o superintendente de Segurança da DGAP, Leopoldo de Castro, a concretização da Atena representa mais um grande passo da Polícia Penal e demonstra que a instituição está no caminho certo. “Em três meses de missão foi possível confirmar o que sabemos desde sempre: a dedicação de nossos profissionais para combater a criminalidade é absoluta. A competência, os estudos e a união de esforços que partiram de diversas equipes da Polícia Penal possibilitaram o cumprimento de uma operação com sucesso e resultados positivos”, enfatizou. O superintendente também salientou que a baixa quantidade de ilícitos encontrados é resultado da vigilância de profissionais capacitados, bem como do investimento em tecnologias de monitoramento.

Especificidades levadas em conta

A logística da Operação Atena foi pensada de acordo com as características de cada presídio. Nesse sentido, aspectos como tamanho da população carcerária, existência de mais de um bloco, prédios distintos de uma mesma unidade e a própria arquitetura de determinados estabelecimentos prisionais foram fatores que determinaram para que, em algumas unidades prisionais, as missões de inspeção fossem divididas em diferentes datas.

O nome da operação faz alusão à deusa da mitologia grega, cujas características são sabedoria, prudência, capacidade de reflexão e estratégia. Para além da eliminação dos objetos ilícitos dentro dos presídios, a disciplina promovida pela operação é algo que será aprimorado cada vez mais, uma vez que é um ponto fundamental para manter o sistema prisional bem estruturado e evitar situações de crises.

Apreensões

A busca por produtos ilícitos em celas, alas e corredores foi um dos aspectos principais da Operação Atena. Das 96 unidades inspecionadas, as equipes da Polícia Penal encontraram itens proibidos em apenas 19 presídios, o que representa 19,7% do total. As interceptações envolveram, principalmente, aparelhos eletrônicos (celulares, carregadores, fones de ouvido), armas perfurantes fabricadas artesanalmente, além de porções de drogas. Apesar de a Atena ter sido concluída, a fiscalização nos presídios será contínua, inclusive, até o mês de janeiro as unidades contarão com escalas de reforço do efetivo aos finais de semana para ampliar a vigilância nos locais.

O coordenador da 1ª Regional, policial penal Roberto Lourenço, explica que, por ser uma Regional metropolitana, as ações de combate ao crime na 1ª CRP repercutem no aumento de segurança para a capital e diversas cidades próximas. “Todas as Regionais desempenham papéis essenciais para reduzir os índices de criminalidade. Porém, o diferencial da 1ª CRP é fazer essa integração justamente entre a capital, Goiânia, Aparecida e municípios próximos. Nesse sentido, o saldo da Operação Atena foi muito positivo. A eliminação de drogas, armas e outros ilícitos de dentro dos presídios reflete no reforço da segurança fora deles também”, destacou Roberto.

De acordo com o coordenador da 6ª Regional, policial penal Marcelo Tumeleiro, essa operação é significativa para o Estado de forma geral. “A segurança pública é muito influenciada por eventuais acontecimentos dentro das unidades prisionais. Portanto, eliminar as possibilidades de crimes ou fugas e aumentar o monitoramento nesses locais são aspectos de extrema importância. E isso foi alcançado por meio da Operação Atena”, defendeu Marcelo.

Custos e efetivo

A soma de recursos utilizados para a realização das intervenções e para o reforço efetivo posterior às missões resultou em um gasto de, aproximadamente, 587 mil reais. O efetivo de policiais que participaram da Atena foi dividido em quatro categorias: servidores habituais das unidades e integrantes do GIT e do GOPE; ambos os casos separados em subcategorias: plantão ordinário e extraordinário. Ao todo, a operação contou com o trabalho de 1.767 policiais penais nas ações de vistorias dos presídios e contenção de detentos.

A última etapa

Esse final de semana, entre os dias 17 a 19/12, consolidou a fase final da Operação Atena. Dessa vez, seis estabelecimentos penitenciários foram contemplados: as Unidades Prisionais Regionais de Goianésia, Senador Canedo, Itapuranga, Valparaíso, Goiatuba e o presídio Estadual de Águas Lindas. Integrantes do GIT e do GOPE também auxiliaram nas missões.

 

FOTOS: DGAP

Diretoria Geral de Administração Penitenciária — DGAP
Comunicação Setorial

Fonte: SEAP GO