Um Vigilante Penitenciário Temporário (VPT), que executava suas atividades na Unidade Prisional Regional de Águas Lindas de Goiás foi flagrado, no último sábado, 03/10, tentando repassar diversas porções de substância análoga à maconha, para detentos do presídio. De imediato, foi dada voz de prisão ao jovem de 25 anos e solicitado o distrato do contrato.

De acordo com a 3ª Coordenação Regional Prisional da Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP), o vigilante despertou desconfiança assim que diferente dos demais servidores que estavam realizando procedimento operacional padrão, no local. “Os demais plantonistas estavam realizando a revista minuciosa nas celas, momento em que outros dois vigilantes observaram que o VPT estava sozinho perto da grade do pátio do banho de sol, onde estavam alguns detentos. Ocasião em que o VPT jogou algumas porções para dentro do local”, frisa Brunno Morais.

Diante do ocorrido, rapidamente os demais servidores interceptaram os ilícitos antes que os presos tivessem acesso aos materiais. Além de realizar as devidas comunicações às autoridades policiais competentes.

No momento do flagrante, o VPT descontente com as atitudes corretas dos demais plantonistas. “Durante a oitiva do VPT, ele demonstrou alto grau de nervosismo, ocasião em que tentou agredir a integridade física dos servidores que o denunciou, além de deferir diversas ameaças e após a voz de prisão , foi observado que nos pertences dele ainda havia uma quantidade de macarrão instantâneo misturado com porções de drogas”, comenta o diretor do presídio, policial penal Ayle Balbino.

Durante a realização dos procedimentos para o correto deslocamento à delegacia , o VPT não atendeu as ordens de comando, sedo necessário o uso de força e algemas para garantir a segurança de todos do presídio. “Quando entramos no sistema penitenciário realizamos um juramento que devemos seguir diariamente. Os servidores devem agir de forma correta, garantindo a segurança tanto do presídio quanto da sociedade. Diante do juramento, as corretas ações da equipe que flagrou o servidor corrupto, devem servir de exemplo para todos os colegas. Ressaltando que independente de ser VPT ou servidor efetivo, agir para o bem e de forma integra é glorificante e honroso”, ressalta Balbino, ao parabenizar os vigilantes que diante da dificuldade da ocorrência fizeram o que é correto.

O então servidor, que há aproximadamente dois anos executava suas atividades no sistema penitenciário goiano foi conduzido à Delegacia de Polícia Civil onde foi lavrado o auto de prisão em flagrante e tomadas as demais providências. Ele encontra recluso na própria unidade prisional à disposição das autoridades policiais.

A direção da UPR abriu procedimentos administrativos internos para apuração do fato e, após averiguações, aplicar as devidas sanções disciplinares cabíveis aos detentos destinatários dos materiais, em conformidade com a Lei.

Um fato interessante é que o servidor corrupto possui inscrição cadastral na Ordem dos Advogados do Brasil. “Tanto o sistema penitenciário goiano quanto a OAB não coadunam com atitudes corruptas como essa desse VPT”, frisa Ayle.

Prisões de VPTs

Em poucos dias, cinco vigilantes penitenciários temporários foram presos em tentativa de repasse de drogas para detentos. Somente na Penitenciária Coronel Odenir Guimarães, um VPT foi preso com drogas, celulares e dinheiro.
Os materiais apreendidos estão à disposição das autoridades policiais competentes para os fins adequados.

Diretoria-Geral de Administração Penitenciária
Comunicação Setorial

Fonte: SEAP GO