Pavimento novinho. É o que encontram os motoristas que circulam pelos primeiros 3,5 quilômetros da DF-180, na Ponte Alta do Gama, desde a BR-060 em direção a DF-290. O novo asfalto faz parte da obra de restauração da rodovia distrital, que terá, ao todo, quase 12 km recompostos. O investimento é de quase R$ 15 milhões.
Este é o primeiro trecho da obra, onde foram feitos serviços de reciclagem do pavimento asfáltico e a construção do acostamento. O trabalho foi finalizado até às margens da sede da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) passando pelo Centro de Ensino Fundamental (CEF) Tamanduá.
“É um serviço mais profundo e aprimorado, que mexe com a base. Fizemos toda a reciclagem, colocamos dez centímetros de capa asfáltica nova e também fizemos o acostamento”, explica o superintendente de Obras do Departamento de Estradas de Rodagem (DER-DF), Cristiano Cavalcante. Finalizado, o trecho só aguarda a implantação da sinalização vertical e horizontal.
O comerciário Denis Paulo Aguiar Rodrigues, 39 anos, é um dos beneficiados pela conclusão da primeira parte. Morador da Expansão de Samambaia, ele costuma transitar pela rodovia de bicicleta e também de carro quando vai até o pesque-pague. “Estava precisando muito dessa restauração. Estava muito ruim. Muitas pessoas relatavam que estragava a suspensão dos carros. Agora ficou bom”, avalia.
O segundo trecho consiste em 8 km da rodovia. Lá, os trabalhos estão em andamento. “No segundo trecho entra a fresagem [processo de corte e raspagem do pavimento], a recomposição da capa asfáltica e a reciclagem dos acostamentos”, detalha Cavalcante.
Durante a execução do serviço, o trecho fica parcialmente interditado e o trânsito flui em apenas um sentido no formato “Pare e siga”, em que um operário organiza o fluxo de veículos que segue na direção, enquanto os outros ficam aguardando.
Benefícios
Há 30 anos morando às margens da DF-180, o aposentado Flaudir Vieira de Faria, 63 anos, revela que a melhoria do asfalto era uma demanda antiga da comunidade. “Participo da associação de moradores e há muitos anos que a gente pede. A maioria dos governadores ignorava e agora finalmente a obra está aí”, afirma.
Pelo menos três vezes por semana ele passa pela rodovia para ir até a área urbana. Ele lembra que já teve problemas por causa da má qualidade do asfalto. “Acredito ser uma obra necessária e boa. Porque uma vez eu emprestei meu carro para um amigo e ele furou os dois pneus aqui nesse asfalto. Foi um prejuízo, sorte que ele teve que arcar”, diz.
A expectativa da obra é beneficiar mais de 10 mil motoristas. Além do fluxo de veículos dos moradores da região, a rodovia conta com o fluxo de caminhões de carga e carros dos estados de Goiás e Tocantins em direção a Minas Gerais.
“É uma obra importante, porque faz parte de um anel viário que tira todo aquele trânsito que deseja ir para Minas Gerais da EPNB [Estrada Parque Núcleo Bandeirante] e da EPIA [Estrada Parque Indústria e Abastecimento], deixando para os veículos locais. Estamos dando essa opção para aliviar o trânsito de Brasília”, define o superintendente do DER-DF.
“Essa rota antes era bastante deteriorada, o que trazia danos, estragando cargas e caminhões. Assim, a gente acaba com a possibilidade de prejuízo, melhora a qualidade de vida das pessoas que transitam por lá e dá maior fluidez ao trânsito no centro de Brasília”, acrescenta Cristiano Cavalcante.
A administradora do Gama, Joseane Feitosa, reforça a relevância da obra para a região. “É de grande importância para a nossa comunidade. É onde é feito o transporte da nossa produção rural”, destaca. “Além disso, é de grande valia para os moradores de outros estados brasileiros pelo fluxo de caminhões que transportam carga trazendo insumos para o DF e para outras localidades do Brasil”, analisa.