Hoje ao abrir o jornal Correio Braziliense, pág. 22, cidades, está estampada a manchete:
“Segurança Pública – Tecnologia permite registrar no ato situações de emergência e compartilhar informações sobre pessoas e carros procurados. As novidades foram mostradas no Parque da Cidade”. Em letras “garrafais” ainda estava a seguinte frase: ” PM GANHA VEÍCULOS COM TABLET E INTERNET.
Acho interesse algumas iniciativas, mas as vezes me vejo em um grande círculo vicioso, ou quem sabe em um grande atoleiro, sempre patinando no mesmo lugar. Nossas viaturas dispunham de equipamentos semelhantes que nunca foram utilizados ou nunca funcionaram…
Sempre me pergunto: do que vale um corpo perfeito sem um cérebro para controlá-lo?
Os equipamentos (Hardwares) podem até ser os melhores, mas e os softwares (Cérebros)?
Adianta adquirir equipamentos de 8,5 milhões (hardwares), sem softwares que atendam nossas necessidades?
Foram interessantíssimas as duas colocações da reportagem. A primeira da autoridade policial ao afirmar que “será possível registrar qualquer situação de imediato nas viaturas. A ordem se inverteu, segundo ele, se antes as pessoas iam até a polícia, agora a polícia vai até elas”. Como? Se não podemos lavrar o TERMO CIRCUNSTANCIADO? Que tipo de registro será feito? Iremos utilizaro BOWEB?
A Síndica de um prédio na 707 Norte, foi perfeita ao afirmar: “Eles poderiam fazer uso de toda essa modernidade para nos dar segurança.” Que segurança estamos dando?
É preciso reestruturar todo o sistema de segurança pública no DF, não apenas a PMDF. Isso passa por uma gestão eficiente da Secretaria de Segurança Pública.Sugiro a criação de um Instituto de Segurança Pública, que exerça esse papel dentro da própria secretaria, ele seria responsável por trabalhar os dados existentes de maneira única, acabando com as distorções entre os dados da Polícia Militar, Polícia Civil e da Própria secretaria. Um instituto com um quadro formado por policiais, sociólogos e estatísticos, visando fazer um mapa da criminalidade no DF, focado no planejamento de políticas públicas sérias para o futuro, semelhante ao Instituto de Segurança Pública do Rio de Janeiro (ISP). Creio que isso seja policiamento inteligente: Pesquisa, planejamento e tecnologia em benefício da sociedade! Para isso, é preciso uma UNIFICAÇÃO DE BANCOS DE DADOS E PROCEDIMENTOS. É HORA DE QUEBRAR O MONÓPOLIO DA INFORMAÇÃO QUE ESTÁ NAS MÃOS DA POLÍCIA CIVIL!
Esse é o caminho para atingirmos a eficiência, eficácia e efetividade no sistema de segurança pública do DF como um todo!