O processo de formação de lideranças e empoderamento em nossa coporação é lento, mas é interessantíssimo do ponto de vista sociológico. Fico analisando os “micro-grupos” lutando pelo poder. Os discursos se alteram de acordo com o momento e a conveniência, aqueles que andavam juntos agora andam separados.
Analisando de tal forma parece algo inconcebível, fala-se em traidores e traídos. Não existe isso. Existe a luta pelo poder. Precisamos ser realistas. É algo natural no processo de amadurecimento político. Esse ponto é importantíssimo no processo. Iremos compreendê-lo mais a frente.
O que importa é atingirmos o objetivo proposto: ISONOMIA SALARIAL com a polícia civil, por meio de cinco pontos: Aumento da etapa alimentação (conquistado), antecipação do risco de morte, aumento do auxílio moradia, garantia do aumento do próximo ano (no mímino 15%), até 31 de agosto de 2012, criação do valor referente ao auxílio transporte e outro valor que garanta a diferença entre as corporações que hoje chega a aproximadamente R$ 3.500,00 (três mil e quinhentos reais).
Ontem na assembléia lembrei-me de uma definição interessante sobre o poder e lembrei-me dos ensinamentos sobre liderança. Ainda temos muito a aprender sobre como nos comportar em um “trio-elétrico”. Não são os gritos que irão convencer a tropa. São os argumentos. Existem critérios para um liderado legitimar uma liderança. São características essenciais aos líderes. Faltou isso, ontem. Mas ainda há tempo para se corrigir tais erros.
Quem legitima um movimento e suas lideranças são os liderados. Não é o governo, o comando ou qualquer outra autoridade. O sucesso da segunda fase do “gerenciamento de crises” dependerá do respaldo dado a tais lideranças. Independente de quem esteja a frente do processo a fase é outra. É a fase do time tático. Não pode haver erro, nem perder o “time”. Dia 31 de agosto é o prazo limite para garantirmos os percentuais do aumento do próximo ano. Depois não adianta chorar pelo leite derramado, pois ele apaga o fogo e ainda causa desperdício de gás!
Uma representação interessante sobre o Movimento Unificado, que já não é mais “unificado”, é o de uma “CORRIDA DE REVEZAMENTO COM OBSTÁCULOS”, o foco não deve ser os “corredores”, mas sim o “título”, a “missão”. Em breve saberemos se o “bastão” foi passado e as atuais “lideranças” serão legitimadas.
Qual é a missão?
A redução das diferenças salariais entre os componentes do sistema de segurança pública e quiça a equiparação salarial.
Não podemos esquecer que a primeira fase exigia silêncio. A segunda não, é auditiva e visual…
Sobre poder é preciso compreender:
“Onde há poder, ele se exerce. Ninguém é, propriamente falando, seu titular; e, no entanto, ele sempre se exerce em determinada direção, com uns de um lado e outros do outro; não se sabe ao certo quem o detém, mas se sabe quem não o possui.” (Foucault)
Quem legitima um movimento e suas lideranças são os liderados
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