Até pouco tempo não se ouvia falar em “liderança” dentro de nossa Corporação, a não ser como sinônimo de “representação” política, mas mesmo assim era raro. Há dois anos passei a confrontar o conceito de “chefe” e de “líder” em minhas aulas, sempre focando mais no líder do que no chefe. Isso tem um porquê…
Liderar significa influenciar pessoas. Todo mundo é capaz de influenciar alguém. Iniciei o debate defendendo que TODO POLICIAL É UM LÍDER EM POTENCIAL, pois tem: PODER, AUTORIDADE E LEGITIMIDADE PARA ATUAR NAS DIVERSAS COMUNIDADES, mas isso não faz dele uma liderança, pois é preciso algo mais. O processo de formação de liderança é lento. Leva-se muito tempo para se preparar um líder. Dizer que TODO POLICIAL É UM LÍDER EM POTENCIAL é dizer que ISSO NOS CAPACITA E NOS FACILITA PARA QUE ALGUNS DE NÓS TORNEMO-NOS LIDERANÇAS EM NOSSO MEIO e fora dele. Dizer que TODO POLICIAL É UM LÍDER EM POTENCIAL é dizer que vivemos em uma democracia e que buscamos tal possibilidade por meio da CIDADANIA PLENA.
O discurso tomou força e teve uma “adaptação” onde se dizia que “CADA POLICIAL É UMA LIDERANÇA” ou “CADA POLICIAL É UM LÍDER”. Isso não quer dizer a mesma coisa. Enquanto lá em cima prega-se a democracia, aqui ao lado prega-se a ANARQUIA. É o anarquismo que prega tal conceito:
“O ANARQUISMO foi a proposta revolucionária internacional mais importante do mundo durante a segunda metade do século XIX e início do século XX, quando foi substituído pelo marxismo (comunismo). Em suma, o anarquismo prega o fim do Estado e de toda e qualquer forma de governo, que seriam as causas da existência dos males sociais, que devem ser substituídos por uma sociedade em que os homens são livres, sem leis, polícia, tribunais ou forças armadas. A sociedade anarquista seria organizada de acordo com a necessidade das comunidades, cujas relações seriam voltadas ao auto-abastecimento sem fins lucrativos e à base de trocas. A doutrina, que teve em Bakunin seu grande expoente teórico, organizou-se primeiramente na Rússia, expandindo-se depois para o resto da Europa e também para os Estados Unidos. O auge de sua propagação deu-se no final do século XIX, quando agregou-se ao movimento sindical, dando origem ao anarco-sindicalismo, que pregava que os sindicatos eram os verdadeiros agentes das transformações sociais. Com o surgimento do marxismo, entretanto, uma proposta revolucionária mais adequada ao quadro social vigente no século XX, o anarquismo entrou em decadência.”
Por que falar em liderança em nosso meio?
Porque somente aqueles que buscam a auto-realização podem tornar-se líderes:
O objetivo é quebrar paradigmas, trazer uma nova visão de mundo para o nosso meio. Nas instituições, nós temos inicialmente três tipos de profissionais: O PROFISSIONAL INCOMPETENTE, O PROFISSIONAL MEDÍOCRE E O PROFISSIONAL COMPETENTE.
Após tornar-se um profissional competente temos mais três níveis: O PROFISSIONAL DE SUCESSO, O LÍDER E O MESTRE (LÍDER DE LÍDERES). Em nossa CORPORAÇÃO chegar ao topo de nossa pirâmide era tornar-se um PROFISSIONAL COMPETENTE, ou seja, falava-se muito em COMPETÊNCIA e muito pouco em LIDERANÇA, sendo assim, em nossa corporação tínhamos apenas, em sua maioria, os primeiros três níveis.
1) O profissional incompetente é aquele que não tem as competências necessárias para realizar seu trabalho;
2) O profissional medíocre é aquele que tem as competências necessárias para realizar seu trabalho, mas faz somente aquilo que “está previsto”, o mais importante para ele é “não sair da fila do BRB”;
3) O profissional competente é aquele que aprimorou um tipo de atividade com experiência, prática e conhecimento, mas ignorou seu talento, até porque esse talento não era “reconhecido” em nosso meio;
Os outros níveis fazem a diferença em qualquer instituição:
1) O profissional de sucesso é aquele que desenvolveu uma atividade sobre a Lei da Tripla Convergência. Descobriu seu talento, sua paixão, e transformou ambos numa fonte de renda;
2) O líder é um profissional de sucesso que desenvolveu técnicas de relacionamento pessoal e possui uma posição ideológica definida. Pessoas o seguem por ideologia ou interesse pessoal. No conflito de interesses o abandonam;
3) O Mestre (líder de lideres) é um líder que lidera com exemplos. Está sempre em busca da verdade. Suas ações influenciam e inspiram outras pessoas, que o seguem por dedicação autêntica;
4) O Gênio é um mestre com uma causa específica. Seus princípios e valores estão em harmonia. Possui disciplina constante, amor incondicional, empatia profunda e vive em um constante estado de gratidão. As pessoas não apenas o seguem, mas tem desejo autêntico de participar e contribuir com a sua causa.
Em que nível você está?
O processo de formação de um líder! Cada policial é uma liderança?
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